Torcedor gremista ZH: empate mantém Grêmio no páreo

Foto: MAURO HORITA/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO / AGIF

Confesso que o empate contra o Corinthians na noite desta quarta-feira me deixou com duas sensações distintas. Ao mesmo tempo em que empatar com o líder fora de casa e sem seis titulares (incluo Geromel, que saiu no primeiro tempo) jamais pode ser um resultado desprezível, ficou um gosto amargo devido à excelente atuação do Grêmio e por termos saído na frente do placar. Apesar dos pesares, vimos um time aguerrido, organizado e quase cirúrgico, não fosse o gol perdido por Douglas no fim da partida.

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No primeiro tempo, o jogo foi morno, mas o Grêmio conseguiu controlar as ações e pouco foi ameaçado. Essa, aliás, é uma das principais características da equipe de Roger. Ao manter a posse de bola, o Tricolor contém a pressão do adversário e esfria o jogo.

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Quem esperava um caldeirão, viu um comportamento bastante frio da torcida em Itaquera. Infelizmente, perdemos o nosso melhor zagueiro por lesão e sentimos a falta de Geromel, principalmente na saída de bola. Rafael Thyere e Bressan não têm no passe uma de suas qualidades.

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Na segunda etapa, o Grêmio foi superior ao Corinthians e poderia ter vencido. Saímos na frente em uma baita jogada, na qual a bola passou por Pedro Rocha, Walace, Marcelo Oliveira e chegou aos pés de Bobô.

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Na grande área, lugar de centroavante, o ex-jogador do Corinthians deixou a sua marca. O gol sofrido poucos minutos depois, em falha defensiva, não mudou muito o cenário. À exceção de uma grande defesa de Tiago em chute de Rildo (aliás, após falha de Bressan), o Corinthians pouco ameaçou.




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O empate nos deixa com 45 pontos, três atrás do Galo e, seis, do Corinthians. Mesmo com o desgaste acumulado e que vai fazendo “vítimas” ao longo do campeonato (hoje foi a vez de Geromel sentir lesão muscular), a diferença é perfeitamente possível de ser diminuída. Não podemos deixar de levar em conta que o mesmo desgaste que acomete o Grêmio pega também os outros times. É só dar uma olhada no noticiário dos clubes da Série A para perceber que a maratona afeta a todos.

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Nesta noite, o Tricolor jogou a maior parte do jogo com os dois zagueiros reservas e que nunca tinham atuado juntos. Além disso, os dois encaravam um ambiente hostil e uma pressão enorme. Apesar da falha no lance do gol, fruto de uma lambança coletiva, a zaga se saiu bem. Isso tudo é resultado da organização da equipe, mérito de Roger.

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Com um time organizado e uma ideia fixa de futebol, é mais fácil “esconder” as deficiências dos jogadores, porque cada um sabe exatamente o que precisa fazer em campo e atua dentro das suas limitações e características. Nesse sentido, estou otimista para a reta final do campeonato. Faltam 15 dias para as quartas de final da Copa do Brasil, quando enfrentaremos um time irregular e podemos passar mesmo que tenhamos desgaste.

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P.S.: não gosto de citar os nossos rivais por aqui, mas alguns meses atrás a imprensa noticiou que o Inter teria recebido proposta de R$ 100 milhões pelo volante Rodrigo Dourado. Se esse rapaz vale isso, quanto vale Walace? R$ 200 milhões?