sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Lembra deles? Seis velhas apostas estão esquecidas no 'Grêmio de transição'

  • Mateus Magro é um dos jogadores que atua no 'Grêmio de Transição', longe dos holofotes
    Mateus Magro é um dos jogadores que atua no 'Grêmio de Transição', longe dos holofotes
Há um Grêmio sem Marcelo Grohe, Luan, Giuliano e Douglas. Há um Grêmio que não joga na Arena, que não atua para 50 mil pessoas, que não conhece jogos de Brasileirão ou mesmo entrevistas coletivas e assédio da torcida. Sem flashes, sem autógrafos, sem glamour. Este é o cenário encarado pelo elenco que o clube chamou de 'time de transição', formado por jogadores que estão em fase final de categorias de base e, principalmente, por aquelas apostas que não deram certo no clube. Uma espécie de 'depósito' daqueles que não cresceram como esperado.
Nomes de fácil lembrança da torcida treinam no time de transição e disputam as competições organizadas pela Federação Gaúcha de Futebol no segundo semestre. A antiga Copa FGF, que a cada ano ganha um nome diferente. 
 
Confira seis velhas apostas feitas pelo clube que acabaram retornando de infortúnios e hoje vivem rotina distante da primeira equipe.
 
Rondinelly, 24 anos, meia

Lucas Uebel/Preview.com
Contratado do Vila Nova após ser revelação do campeonato goiano, o meia teve boas chances no principal do Tricolor. Jogou 18 partidas entre 2012 e 2013. Mas não cresceu como se esperava, foi cedido ao Palmeiras, ao Luverdense, à Portuguesa, ao Audax-SP, e em nenhum destes times brilhou. Hoje é suplente na equipe e aguarda o encerramento do contrato com o clube portoalegrense, que ocorre apenas em maio de 2017. 
 
Mateus Magro, 24 anos, volante

Fernando Martinez/Aguante Comunicação
Mateus Magro é volante titular do transição. A promessa das categorias de base do Tricolor nunca conseguiu sequência no time. Jogou apenas sete partidas em 2011. Esteve cedido a Caxias, Ypiranga, Vila Nova-GO, Red Bull Brasil e Aparecidense. O vínculo encerra-se no começo de 2016, mas houve uma indicação de prorrogação pelo bom desempenho. 
 
Felipe Nunes, 25 anos, meia

Neco Varella/Agência Freelancer
Felipe Nunes, meia que ficou famoso por vídeos na internet em que brilhava pelo Independente de Limeira e foi motivo de uma briga entre o clube paulista e o Grêmio, também treinava com esta equipe até se lesionar. Chegou a jogar apenas uma partida pelo transição. No Grêmio principal, disputou seis partidas em 2012. Esteve no Figueirense, no Capivariano e na Portuguesa. Seu contrato acaba no fim deste ano. 
 
Gustavo Xuxa, 22 anos, atacante

Lucas Uebel/Txt Assessoria
Gustavo Xuxa também treina no transição. O atacante que surgiu no Grêmio em 2013 estava emprestado ao Londrina, mas foi devolvido após não se firmar no time paranaense. Agora, trabalha no transição, mas ainda não jogou pela equipe. Seu contrato vence em abril de 2016. Ele chegou a treinar no principal do Grêmio neste ano, com Felipão. Mas disputou apenas três partidas pelo Tricolor, todas em 20013. 
 
Follmann, 23 anos, goleiro

Rodrigo Fatturi/Divulgação/Grêmio FBPA
Contratado do Juventude junto com outros quatro jogadores em 2013, o goleiro Follmann tem rotina de treinamentos com o grupo de transição. Sem espaço no principal e também sem jogar pela equipe inferior, ele trabalha até o encerramento de seu vínculo, em dezembro deste ano. Esteve, no primeiro semestre, emprestado ao Linense-SP, mas regressou após o Paulista. Jogou, ao todo, quatro partidas pelo Grêmio entre 2013 e 2014. 
 
Leandro Canhoto, 20 anos, meia

Vinícius Costa/ Agência Preview
O meia Leandro Canhoto foi contratado do Brasil de Pelotas após brilhar pelo interior gaúcho. No entanto, jamais teve sequência no time principal do Grêmio. No começo do ano foi cedido ao Paysandu, mas retornou após empréstimo. Seu vínculo vai até julho de 2018 e ele soma apenas duas partidas no principal do Grêmio.
 
Roger aprova o time de transição
 
Não são apenas apostas que deram errado que formam o time de transição. Nomes em que o clube aposta muito como Batista, Denílson, Arthur, Raul, Júnior, todos fazem parte da equipe. E o técnico Roger Machado aprova a ideia. 
 
"Está sendo fantástico. A medida que tenho o grupo de transição, este era o degrau que faltava na formação de jogadores com 19 ou 20 anos, que ainda não adquiriram a maturidade necessária. Hoje se promove jogadores muito cedo. Então usamos o transição para finalizar a preparação destes meninos. Além de dar dignidade e oportunidade de competir para os jogadores que voltam de empréstimo e que podem ser úteis. A continuidade da formação em níveis competitivos, diferente de uma promoção imediata em que o atleta pemaneceria apenas treinando no principal, é muito importante. Temos um contato diário com o comando do transição para que eles sejam testados também em algo que o treinamento não dá, que é o emocional de um jogo, de atuar pelo Grêmio. Assim, estarão mais prontos quando precisarmos deles", resumiu o treinador.

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