Os jogadores do Grêmio podem estar de férias, mas as atividades na Arena
não param. Como o local só voltará a receber partidas em 14 de julho, a
Arena Porto-Alegrense, a gestora do estádio, aproveita o período para
fazer manutenções no gramado e instala dispositivos de segurança. Em
outra frente, o clube intensifica a vistoria para determinar a data
definitiva de entrega do estádio.
Auxiliado por duas empresas,
Arena - Consultoria, Projeto e Viabilidade (arquitetura) e inDia
(engenharia), o Grêmio analisa todas as áreas do estádio e verifica uma
lista abrangente de pontos estruturais, de acabamento e também itens do
caderno de encargos da Fifa. Integrante da comissão criada pelo clube
para coordenar a vistoria, o engenheiro civil Evandro Krebs projeta que o
estudo seja concluído em até 45 dias.
— Nossa ideia é finalizar
esse processo ao final de julho. Temos uma força de cooperação muito
grande entre Grêmio, OAS e Arena Porto-Alegrense. Alguns dos ajustes que
estamos apontando já estão sendo executados. Com isso, a gente ganha
tempo — comenta Krebs.
A vistoria só não abrange a futura área
administrativa do Grêmio - área do estádio que ainda não foi entregue ao
clube. Entretanto, os trabalhos passaram a contemplar neste mês o setor
geral, recentemente liberado pelos Bombeiros após interdição para
receber público. Segundo Krebs, avaliações minuciosas para avaliar a
resistência dos gradis e das barras antiesmagamento devem ocorrer nos
próximos dias.
— Utilizamos normas brasileiras para realizar
testes de esforço e avaliar a qualidade do material. Alguns ensaios são
feitos no local e outros ocorrem em laboratório — detalha o engenheiro.
Além
da vistoria que é feita pelo Grêmio, a Arena Porto-Alegrense executa
melhorias no estádio. Uma delas, que prioriza a segurança, é a
instalação de guarda-corpos (semelhantes às barras antiesmagamento) no
quarto anel da Arena por conta da maior inclinação do setor.
Gramado recebe luz artificial
Em
manutenção, o gramado da Arena recebe um tratamento digno de grandes
palcos europeus como o estádio de Wembley, na Inglaterra. A grama do
tipo inverno, que recebe pouca luz natural devido à cobertura do
estádio, passa por um processo de iluminação suplementar com um carrinho
de refletores de 15 metros de comprimento por dois metros de altura.
—
É um trabalho que estava planejado desde a concepção do estádio. Uma
máquina chegou nesta semana e no próximo mês chegarão mais três —
explica a agrônoma Maristela Kuhn, que orienta o processo.
Segundo
a agrônoma, a grama fica exposta à iluminação de 12 a 18 horas em um
mesmo dia nas áreas do campo mais sombreadas pela cobertura. O processo
ocorrerá durante oito meses do ano, entre o inverno e a primavera,
período de menor incidência de luz natural no gramado.
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