Cada letreiro ficará alguns metros acima das atuais inscrições "Arena do Grêmio", aproximadamente no quinto andar do estádio, na altura, por exemplo, das cabines de imprensa. Replicando a peça, quem chega à nova casa, pela Rua Leopoldo Brentano, e quem passa pela BR-290, na entrada de Porto Alegre, poderão avistar o imenso neon azul.
- Se precisar ficar mais cem anos... as letras estão muito inteiras - conta o CEO Felipe Herrmann, sobre o letreiro em alusão ao título mundial de 1983, sobre o Hamburgo, no Japão e que, em 11 de dezembro, completa 30 anos.
O procecimento, desde a retirada da peça do Olímpico até a instalação na Arena, não tem data para ocorrer. Não acontecerá logo, já que a fachada da antiga casa será preservada ao máximo antes do início da demolição que antecede a implosão do estádio, marcada para outubro.
Cadeiras vão para CT, Theatro São Pedro...
Cadeiras do Olímpico irão mudar de casa
(Foto: Fernando Lopes/GLOBOESPORTE.COM)
A retirada das cadeiras do Olímpico, no entanto, já está em fase
adiantada. Nos próximos dias, 300 assentos serão doados para o
Multipalco do Theatro São Pedro, um dos espaços culturais mais
tradicionais do Estado. Outras 500 cadeiras ganharão o destino do futuro
Centro de Treinamentos, ao lado da Arena, como acomodação aos
torcedores que forem assistir aos trabalhos do elenco. Mais 150 cadeiras
ficarão no CT de Eldorado, da base, que passará por reformas em breve.(Foto: Fernando Lopes/GLOBOESPORTE.COM)
Os fãs também podem adquirir pedaços do Olímpico, como a própria grama. Desde o início do ano, 500 cadeiras foram compradas por gremistas - número que deve crescer consideravelmente na medida em que a data da implosão do estádio foi se aproximando.
Os camarotes já foram "desabitados", com a retirada do sistema de ar-condicionado e de frigobares. Muitos desses materiais também serão doados, assim como as cadeiras. O Grêmio pretende repassar luminárias e móveis ao novo auditório da Casa do Menino Jesus de Praga, entidade que cuida de crianças e adolescentes com lesões cerebrais e deficiências motoras.
Vestiário do Olímpico vai para CT da Arena
Pórtico foi construído em 1971 (Foto: Reprodução)
Além do letreiro, a ideia é levar outras boas lembranças do Olímpico à
Arena. A capela, por exemplo, localizado ao lado do pórtico. Todas as
peças religiosas, inclusive vitrais confeccionados na Alemanha, serão
preservados e alojados num novo espaço na casa do Humaitá, que deve ser
construído próximo ao estacionamento.O vestiário dos profissionais do Olímpico será replicado no espaço dos visitantes no novo Centro de Treinamentos. Já o vestiário do Grêmio no CT vai seguir o padrão do erguido na Arena. Ainda sobr o CT: a proposta de levar o pórtico de entrada do Olímpico, construído em 1971 em homenagem ao lateral Everaldo, não deve ser posta em prática. O material, de acordo com engenheiros consultados pelo Grêmio, se desmancharia já na tentativa de retirada.
Empresa da implosão ocupará Loja GrêmioMania
Loja do Olímpico servirá de QG para empresa de
demolição (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)
A nostalgia é o grande carro-chefe, mas também há espaço para o novo.
Um estátua de 1.500 kg está sendo confeccionada em um ateliê em
Florianópolis. Será uma homenagem ao torcedor, garante Felipe Herrmann,
sem entrar em detalhes sobre a obra, a ser instalada numa das rampas de
acesso da Arena, assim que ficar pronta.demolição (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)
A Ramos Andrade, empresa contratada pela OAS para o processo de implosão do Olímpico, começou na semana passada uma série de estudos na área do estádio. Assim que a Loja GrêmioMania migrar para a Arena, os engenheiros responsáveis a transformarão numa espécie de QG para acelerar o processo.
O local que antes recebia os clientes do restaurante Ovelhão já é usado para reuniões semanais da Ramos Andrade com a população da região. Cerca de 3 mil pessoas serão afetadas com o fim do Olímpico, que exigirá o isolamento de um raio de 4 km do estádio por oito horas. Passado, presente e futuro se misturam no Grêmio, um clube com duas casas. Até outubro.
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