segunda-feira, 10 de junho de 2013

Conselho Deliberativo aprecia modificações no contrato da Arena nesta quarta

As mudanças mais significativas são a redução em mais de 50% dos R$ 41 milhões anuais pagos pela migração dos associados, a antecipação de recursos por parte da OAS para a conclusão do Centro de Treinamentos e da área administrativa que o clube ocupará na Arena, a liberação do quarto anel do estádio para a venda de mais títulos de sócio-torcedor e a participação do Grêmio em 2% dos lucros dos empreendimentos imobiliários do Humaitá e da Azenha.




Outro benefício é a postergação do pagamento dos valores devidos pela migração dos associados, hoje superiores a R$ 15 milhões. Com isso, o Grêmio volta a ter fluxo de caixa, um dos maiores nós da atual administração.



Em contrapartida, a construtora terá participação no faturamento do Quadro Social quando for atingida a meta de 100 mil associados e o Grêmio irá compartilhar os custos de eventuais prejuízos na Arena. Pelo contrato original, todo o risco era da construtora.



O enxugamento da folha salarial, já iniciado com a aposta em jogadores de menor custo, como os trazidos do Juventude, e a redução do quadro de funcionários, hoje em torno de 300, quando ocorrer a mudança para a Arena, também integram o conjunto de medidas que Koff projeta para o equilíbrio das finanças.



Mesmo que a matéria seja complexa, o presidente do Conselho, Raul Régis de Freitas Lima, não crê em maior demora na aprovação. Nesta segunda, as alterações foram apresentadas aos integrantes das comissões fiscal, financeira e de assuntos legais e estatutários, a fim de agilizar o debate desta noite. É possível, contudo, que a aprovação do novo texto não signifique a imediata assinatura do novo contrato.



De acordo com o regimento interno, a questão só será apreciada com quórum de 150 conselheiros e somente aprovada com os votos favoráveis de pelo menos dois terços dos presentes.



– Não há magia nessa negociação_ disse a Zero Hora uma fonte que teve acesso às alterações do contrato, para evidenciar que a projeção de lucro talvez não seja tão otimista quanto se previa.



Sexta-feira, dia 7, as mudanças foram tema de reunião entre o presidente Fábio Koff, Raul Régis, os ex-presidentes Paulo Odone e Duda Kroeff e o presidente da Grêmio Empreendimentos, Eduardo Antonini.



Paulo Odone aprova as mudanças. Segundo ele, ao transferir sua área administrativa para a Arena, o Grêmio deixará de acumular problemas dentro do Olímpico e passará a dispor de novas fontes de arrecadação. Finalizado o financiamento, diz o ex-dirigente, o clube passará a receber "uma fábula" por conta da divisão de lucros com a parceira, na proporção de 65% para o Grêmio e 35% para a construtora.



– Ratifica-se o contrato feito e se reconhece que ele era bom economicamente. O clube antecipa receita agora e posterga dívidas para mais tarde. Não vamos mais dirigir o Grêmio olhando no retrovisor – apela.



O encontro desta quarta:

- A reunião do Conselho Deliberativo terá primeira chamada às 19h30min e a segunda às 20h.

- O quórum mínimo exigido é de 150 conselheiros.

- A pauta serão as 14 alterações financeiras no contrato entre Grêmio e OAS.

- A matéria só será aprovada com os votos favoráveis de pelo menos dois terços dos presentes.

- O novo contrato prevê como benefícios a redução no valor pago pela migração dos associados, antecipação de recursos pela OAS, participação do Grêmio em 2% dos lucros dos empreendimentos imobiliários do Humaitá e da Azenha.

- Em contrapartida, o Grêmio passa a compartilhar os custos de eventuais prejuízos no negócio Arena. Pelo contrato original, todo o risco era da construtora.

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