Orgulho da torcida gremista por mais de 58 anos, o Estádio Olímpico irá
abaixo numa operação com tempo inferior a 30 segundos. A data, ainda não
definida, depende da troca de chaves entre o Grêmio e a construtora
OAS. Mas será num domingo, dia de menor movimento na cidade.
Possivelmente em outubro.
Os detalhes para a implosão já vêm
sendo tratados desde o início do ano entre a prefeitura e a empresa
paulista Arcoenge Engenharia. Com mais de 60 anos de atividade, ela já
demoliu prédios como a Penitenciária do Carandiru, em São Paulo, o
Edifício Palace II, no Rio, e, mais recentemente, a Fonte Nova, em
Salvador.
— Ele é o Neymar das implosões — brinca um secretário municipal.
A
partir desta semana, as reuniões entre prefeitura e Arcoenge irão se
intensificar. Na sexta-feira, dia 28, o engenheiro Manoel Dias, dono da
Arcoenge, irá se encontrar em Porto Alegre com o prefeito José
Fortunatti, coordenador geral do recém criado grupo executivo Projeto de
Demolição do Olímpico.
Órgãos como secretarias de Obras,
Urbanismo, Planejamento, Meio Ambiente, DMLU (Departamento Municipal de
Limpeza Urbana), DEP (Departamento de Esgotos Pluviais) e Dmae terão
representantes nos encontros com a empresa paulista.
Caberá a
eles o estudo para a execução de toda a logística da operação, que
envolve itens como ruído, poeira e vibração do solo. O objetivo é fazer
da implosão uma operação rápida e silenciosa, que perturbe o mínimo
possível a vida das pessoas.
Ficará com a EPTC (Empresa Pública
de Transporte e Circulação) a orientação do trânsito nos arredores.
Ainda não está definida a área que será interditada. É certo que, por
motivos de segurança, moradores dos arredores deverão ficar fora de suas
casas por um período mínimo de cinco horas.
O fato de ser
realizado em etapas tornará a implosão mais rápida. Quando ocorrer a
denotação dos explosivos, só estarão em pé a carcaça do estádio e a
arquibancada superior. O resto da estrutura já terá sido demolido de
forma mecânica.
É pouco provável que a parte que restar intacta
da implosão seja utilizada no empreendimento imobiliário a ser erguido
no local pela OAS. No caso da Fonte Nova, como se tratava de um novo
estádio, foi possível usar parte do material não pulverizado na
implosão.
Carlos Eduardo Paes Barreto, diretor superintendente
da OAS/Arenas, prevê um período mínimo de 90 dias para que toda a
estrutura do clube seja transferida para o Humaitá. Com isso, é possível
prever que a implosão ocorrerá em outubro. Passados três anos, estará
pronta a primeira torre do complexo imobiliário e comercial que será
construído pela OAS no palco das maiores conquistas da vida do Grêmio.
Quatro etapas do fim do Olímpico:
1ª etapa - Demolição seletivaSerá o momento da retirada do material mais frágil do estádio, como luminárias e vidraças
Quando: a partir da troca de chaves entre Grêmio e OAS, em prazo inferior a 90 dias
2ª etapa - Demolição mecânicaComeçam a retirada da arquibancada inferior e de algumas paredes da estrutura do estádio
Quando: previsão no final de setembro
3ª etapa - Implosão Serão implodidas a arquibancada superior e a carcaça geral da edificação do Olímpico
Quando: previsão no começo de outubro
4ª etapa - Remoção de entulhoO material não pulverizado na implosão será removido para possível reaproveitamento
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