Os votos dos movimentos Grêmio Independente, Grêmio Novo e Grêmio Sem
Fronteiras, que possuem maioria no Conselho Deliberativo, deverão
garantir a aprovação da alteração no contrato com a OAS. A votação
ocorrerá nesta segunda, a partir das 20h, no Olímpico, dando sequência à
sessão suspensa dia 11, quando um grupo de conselheiros pediu tempo
para um estudo mais detalhado das mudanças. São necessários os votos de
dois terços dos presentes para a aprovação
Dos 55 conselheiros do Independente, pelo menos 30 examinaram o
texto a partir da última quarta-feira. Sábado, o grupo reuniu-se por
quatro horas no Olímpico. A avaliação foi positiva.
– Muda bastante a relação entre o Grêmio e a OAS. Agora,
efetivamente, os dois viram parceiros. Apesar de toda a questão
política, o processo foi transparente – elogia o presidente do Grêmio
Independente, Eduardo Magrisso.
A melhora do fluxo de caixa do clube nos três primeiros anos,
proporcionada pela liberação de recursos para o Centro de Treinamentos e
área administrativa, além da postergação de um empréstimo de R$ 10
milhões feito pela OAS, é destacada pelo Grêmio Novo, que conta com 43
conselheiros.
– Há mais coisas positivas do que negativas – resume Jorge Bastos.
Na quarta-feira, durante três horas, representantes do Grêmio Sem
Fronteiras, com 38 cadeiras no Conselho, esclareceram suas dúvidas
sobre o contrato com a direção da empresa Quantitas, especializada em
assessoria financeiras e contratada pelo Grêmio para avaliar o contrato.
– O novo contrato não é o paraíso, mas tira o Grêmio do inferno.
Nosso problema é passar a rebentação, que é representada pelo
financiamento. Depois, o mar fica tranquilo – interpreta o
vice-presidente do Sem Fronteiras, Fernando Zamberlan.
A exemplo dos demais grupos políticos do clube, Grêmio
Independente, Novo e Sem Fronteiras irão embasar seus votos nos
relatórios preparados pelas comissões de Assuntos Legais e Estatutários e
de Finanças e Conselho Fiscal.
As principais alterações:
– Este ano, o Grêmio gastaria R$ 43 milhões para acomodar seus
associados na Arena, valor que caiu para R$ 12 milhões. Em 2014, o custo
passará para R$ 15 milhões. Até o final dos 20 anos de parceria, ele
será de R$ 18 milhões fixos.
– Caberá à construtora o pagamento de R$ 1,5 milhão para a
conclusão da primeira fase do Memorial do Grêmio, R$ 8 milhões para o
CT, R$ 2,5 milhões para as instalações administrativas do clube na
Arena. Também serão descontados dos créditos futuros que o Grêmio irá
obter com a venda dos imóveis no Humaitá e na Azenha os R$ 10 milhões
emprestados no início do ano.
– Valores como os R$ 14,9 milhões gastos em despesas
pré-operacionais, R$ 3,3 milhões usados no evento de inauguração e R$
15,6 milhões, relativos aos encargos de financiamento serão descontados
do Lucro Líquido Ajustado da Arena Porto-Alegrense.
– O que incomoda parte do Conselho é o item que trata da divisão
de eventuais prejuízos do negócio. Nesse caso, o desconto incidirá sobre
o valor fixo de R$ 8,8 milhões a que o clube tem direito a cada ano.
– A direção projeta um faturamento de pelo menos R$ 400 milhões
ao final da parceria. Para a oposição, ao dividir os lucros do Quadro
Social e sujeitar-se a bancar metade do prejuízo, o clube não irá lucrar
nem metade disso.
Confira as modificações feitas no contrato ao longo de quatro meses de negociação entre o Grêmio e a OAS.
Clique para ampliar as páginas:
Página 1
Página 2
Página 3
Página 4
Página 5
Página 6
Página 7
Página 8
Página 9
Página 10
Página 11
Página 12
Nenhum comentário:
Postar um comentário