É certo que, deste jogo, sai um dos classificados do imprevisível Grupo 8 - mesmo cenário vale para Fluminense (8 pontos) x Caracas (6), que duelam em mesmo dia e horário. Ao time de Vanderlei Luxemburgo (7), cabe o direito de jogar por dois resultados. Só não pode perder. As manifestações dos jogadores ao longo da semana - estão em solo chileno desde terça - apontam para uma formação mais conservadora e, sobretudo, marcadora. Soma-se ao discurso a prática: Luxa colocará três volantes, deixando Zé Roberto ilhado na armação. Apesar da pressão por uma eventual eliminação precoce, o grupo tricolor primou pela tranquilidade, desde o hotel até os campos de treinamento.
O mesmo clima positivo vale para o Huachipato (7 pontos, saldo inferior), que vive, no entanto, esse momento de decisão sob outra perspectiva. Para o Grêmio, histórico seria cair da Libertadores tão cedo e passar uma inglória borracha no "Projeto Libertadores", termo utilizado pela direção a fim de dimensionar a importância do campeonato. Aos chilenos, o contrário. Só atuaram neste torneio em 1975, eliminados na fase de grupos. Até sua torcida, sempre tão ausente, mal conseguindo ocupar metade da capacidade do CAP, desta vez vai lotar o pequeno mas simpático caldeirão: serão 10 mil vozes, motivadas por uma promoção de ingressos, em que um valia por dois. O time ainda não venceu em casa, perdendo os dois confrontos até aqui.
Martin Vazquez apita a partida. Ele será auxiliado por Miguel Nievas e Nicolas Taran, todos do Uruguai. O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances da partida em Tempo Real.
Huachipato: Jorge Pellicer não indicou a escalação, mas o Huachipato não tem desfalques. O time provável: Veloso; Contreras, Muyñoz C., Aceval e Crovetto; Núñez, Reyes, Sandoval e González; Falcone e Braian Rodríguez.
Grêmio: Não fossem a suspensão de Cris e a lesão de Elano e o Grêmio teria força máxima para a decisão. Porém, será com as duas baixas que o Tricolor tentará passar de fase. Na defesa, Vanderlei Luxemburgo fez uma troca simples: entrou Bressan. Como Marco Antonio, o substituto natural dos meias, também está machucado, o meio terá três volantes – entra Adriano. O esquema de jogo foi testado em treino fechado, em Santiago, e será colocado à prova. O time: Dida; Pará, Werley, Bressan e André Santos; Adriano, Fernando, Souza e Zé Roberto; Vargas e Barcos.
Huachipato: não tem desfalques para a partida.
Grêmio: Cris (suspenso), Elano (joelho direito), Marco Antonio (coxa direita) e Saimon (recuperação física após hérnia abdominal) não estão à disposição do treinador.
Huachipato: artilheiro da Libertadores, com cinco gols, Braian Rodriguez é o homem encarregado de comandar o time chileno. O atacante é rápido e tem no cabeceio uma virtude. Na Arena, na abertura do grupo, deixou sua marca e ajudou a equipe a surpreender o Tricolor.
Grêmio: ele só marcou dois gols desde a badalada contratação, foi contestado e teve a saída do time especulada. Porém, Vanderlei Luxemburgo e companhia acreditam que, em casa, o chileno Vargas irá deslanchar. É a esperança de, com sua velocidade, aproveitar os contragolpes e chegar ao gol rival.
Muñoz, zagueiro do Huachipato: "O grupo foi muito difícil, mas claro que a gente gostaria de ter chego à última rodada com uma situação melhor. A vitória sobre o Caracas nos manteve com chances. Vamos tentar ganhar para passar de fase".
Barcos, atacante do Grêmio: “Temos que entender a nossa responsabilidade nesse jogo. Se perdermos, será problema para todo mundo. Precisamos fazer uma partida inteligente”.
O Huachipato foi o primeiro clube a ganhar do Grêmio na Arena. Em 14 de fevereiro, na abertura do Grupo 8, o time chileno surpreendeu: venceu por 2 a 1 na estreia de André Santos, Adriano e Barcos. Os gols foram marcados por Federico Falcone e Braian Rodriguez, um em cada tempo. Barcos, de pênalti, descontou.
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