sexta-feira, 19 de abril de 2013

Conheça o Santa Fe, próximo adversário do Grêmio na Libertadores

O Grêmio volta a Bogotá para enfrentar a metade colorada da capital colombiana. Assim como Porto Alegre, a cidade divide-se entre o vermelho e o azul. Em 2012, Vanderlei Luxemburgo e sua trupe encararam o azul do Millonarios na Sul-Americana. Neste ano, os caminhos da Libertadores colocam na vida gremista o Independiente Santa Fe, chamado pelos torcedores de "Expreso Rojo" ou "Cardenales" – por ser vermelho como a crista de um cardeal. É o líder do Campeonato Colombiano.




O Santa Fe é um clube em reconstrução. Foi fundado em 1941 e se tornou o primeiro campeão do país, em 1948. Foi penta entre 1966 e 1971. Ganhou mais uma taça em 1975 e depois viu seu museu criar poeira. Só voltou a ser campeão nacional no ano passado, ao ganhar o Apertura. Foram 37 anos de espera.



O clube passou a recuperar terreno em 2009. No ano anterior, César Pastrana havia assumido a presidência do clube e deu-lhe uma administração empresarial. Em 2010, o clube conquistou a Copa da Colômbia, similar à nossa Copa do Brasil. No mesmo ano, chegou às quartas de final da Sul-Americana e caiu na semifinal do Campeonato Colombiano ao levar gol no último minuto. Em 2011, também ficou na semifinal – perdeu para o Once Caldas, que depois enfrentaria o Inter na primeira fase da Libertadores. A taça, finalmente, veio no ano passado, com vitória na decisão sobre o Deportivo Pasto.



O TIME

O Santa Fe aposta na habilidade do argentino Omar Perez, 32 anos, um típico camisa 10. Formado no Boca, foi bi da América, mas como figurante. Está desde 2009 no Santa Fe. Outro destaque é o atacante Medina. Em 2011, pelo Tolima, fez um dos gols que eliminaram o Corinthians. Flagrado por consumo de maconha, ficou um ano suspenso. O Tolima rescindiu seu contrato. O Santa Fe acolheu-o.









O TÉCNICO

Wilson Gutierrez, 41 anos, é espécie de Pep Guardiola colombiano. Passa muito por ele o sucesso do time. O Santa Fe é apenas seu segundo trabalho na carreira. Antes, comandava o Juventud Girardot, filial do seu atual clube. Está desde 2011 no cargo. Contra o Real Garcilaso completou 100 jogos no cargo.



– Agora vivemos um presente bom, e isso é importante nesta categoria de torneio. Nestes dois anos em que estou à frente do Santa Fe, o time tem identidade de jogo definida – disse Gutierrez depois da partida contra o Real Garcilaso.





O ESTÁDIO

O Grêmio conhece bem o local no qual jogará. No ano passado, esteve no El Campín para encarar o Millonarios, pelas quartas de final da Sul-Americana. O estádio, tradicional palco do futebol colombiano, passou por reforma para o Mundial Sub-20, em 2011. Hoje, sua capacidade é de 37 mil pessoas, todas sentadas.



NA HISTÓRIA

Esta é a sétima participação do Santa Fe em uma Libertadores. Foi semifinalista em 1961. Depois, o máximo que alcançou foram as oitavas de final, em 2006.



NO COLOMBIANO

O Santa Fe lidera, com 20 pontos em 10 jogos. Está um na frente do Deportivo Cali, que tem 19 em 11 jogos. Nesta quinta, venceu o Equidad por 3 a 1. Sábado, encara o Independiente Medellín.



DETALHE ZH

Segundo o subeditor de esportes do jornal El Tiempo, José Orlando Ascensio, o Santa Fe é dono de 40% da torcida da capital colombiana – os outros 60% pertenceriam ao Millonarios, de Renteria. Se os azuis são os mais fanáticos, os "cardenales" são comedidos, costumam manter média de 15 mil pessoas por jogo. A "La Guardia Albirroja", a Geral do Santa Fe, porém, é barulhenta e fiel.



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