Primeiros sete meses de Arena"Tivemos muito aprendizado com o público. Fizemos jogos do Gauchão com 12 mil pessoas e outros de maior porte, como o amistoso entre Brasil e França, com 51 mil. Hoje estamos mais maduros com a Arena, dominamos mais o funcionamento. Em dezembro, a gente treinava os seguranças e orientadores. Hoje eles conhecem tudo. O público também conhece, sabe onde entra, onde sai. É uma casa que exige cuidados. Embora de concreto, é delicada".
Mudanças com o novo contrato"Para a Arena Porto-Alegrense, segue tudo igual. A diferença é que os empreendimentos residenciais, antes mais vinculados à OAS, agora estão também vinculados ao Grêmio. Todos faremos força para vender no Humaitá e na Azenha. Estamos integrando tudo e todos vão ganhar. Também criamos outras fontes de faturamento para vender mais lugares e aumentar a rentabilidade da Arena. Foi uma forma muito inteligente de se acertar isso tudo".
Faturamento"Nosso problema é o patrocínio: temos muitas coisas conversadas, mas poucas concretizadas. No geral, estamos bem. A bilheteria, que representa 70% do nosso faturamento, está dentro da meta traçada. Temos perdas de publicidade sem a venda dos naming rights. Temos 40% dos 134 camarotes vendidos e esperamos atingir 75% no ano que vem. Teremos ao menos 36 jogos aqui neste ano. Se chegarmos até a final da Copa do Brasil, pode encostar quase em 40. Quanto mais jogos, mais faturamento".
Naming rights"Nós procuramos grandes empresas de marketing para ajudar nisso. As grandes marcas querem usar a Arena para divulgar seus produtos, é muito mais que colocar o nome. É uma questão de tempo para acertar. Temos que ter um trabalho de convencer a imprensa a divulgar o nome do parceiro. Quando procuram a gente, querem o patrocínio da camisa também. Tomara que até o final do ano tenhamos um parceiro acertado, precisamos dessa verba".
Média de público"Temos uma das maiores médias de público dos estádios brasileiros neste ano, com 25 mil torcedores a cada jogo. Essa curiosidade em conhecer a Arena, não só do torcedor gremista, mas também do público em geral, nos ajuda muito".
Áreas mais populares"Temos espaços no quarto anel (cinco mil lugares) que não têm lugar marcado. Estamos tentando criar uma oferta maior de ingressos baratos. Podemos baixar o custo das cadeiras gold na região sul, também. Queremos oferecer bilhetes mais baratos, mas sem perder rentabilidade. Assim, teremos casa cheia, mais pressão nos adversários e também mais lucro".
Check-in na Arena"Queremos implementar até o ano que vem. Em alguns estádios funciona assim, mas é porque os lugares são vendidos de forma anual. Como não tem bilhete à venda, o sócio diz que vai viajar em junho e coloca esse mês à disposição. E isso cria uma massa de bilhetes. Vamos ter que implantar mais cedo ou mais tarde. Mas tem que ser de forma organizada, para respeitar o associado. O interesse é todo nosso de resolver isso".
Gre-Nal de agosto"Temos todas as condições de receber os torcedores do Inter no Gre-Nal. Ficariam no quarto anel, cerca de 2 mil lugares. Vamos aceitar o que for definido, seja com o adversário ou torcida única. Vamos fazer o que for melhor para o espetáculo. Teria uma rampa única para o acesso e eles chegariam numa hora específica. Se for necessário, temos como isolar a entrada deles para evitar qualquer problema".
Marketing com Renato"Ele é muito querido pela torcida. Acredito que o Grêmio já tenha pensado nisso, mas ainda não temos nada conversado. Será fantástico, de qualquer forma. Ele elogiou muito a Arena, falou que é como a Bombonera. Mas eu acho que aqui é muito mais bonito (risos). Acho que isso deu certo logo de cara. Ele já se sentia em casa, tanto que trouxe toda a família no primeiro jogo. Fez um sucesso muito grande".
Habite-se da Arena"Chegamos ao acordo de que seria necessário colocar os guarda-corpos em todo o quarto anel pelo ângulo de inclinação. Ainda vamos demorar uns 60 dias para colocar tudo. É uma coisa que não atrapalha a visibilidade e aumenta a segurança Só falta isso para receber o Habite-se. Enquanto não temos as barras instaladas, aumentamos a quantidade de orientadores. É um documento formal que falta, mas tudo está legalizado com a prefeitura".
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