Há uma semana, o Grêmio se preparava para um Gre-Nal com uma sequência
de três jogos sem vitória e uma cobrança clara, em uníssono: melhorar a
finalização. Sete dias depois, acumula sete gols marcados em apenas dois
jogos, é o terceiro colocado consolidado no G-4 e acabou com todo e
qualquer fantasma que rondava os atacantes e os impedia de acertar o
gol. Tanto que, nestas duas partidas, marcou quase o mesmo número de
gols que o Vasco, o pior ataque do Brasileirão, que tem oito gols. Em dois jogos, os trabalhos exaustivos de finalização de Roger parecem
ter surtido efeito. O aproveitamento gremista beirou a perfeição: criou
duas chances claras de marcar no Mineirão, contra o Atlético-MG, e
converteu ambas, construídas em jogadas rápidas de contra-ataques. Foram
nove finalizações, com cinco destas não atingindo a meta de Victor - o
aproveitamento foi de 50% das oportunidades criadas no estádio rival.

Já no Gre-Nal, na Arena, o Grêmio massacrou o rival com 5
a 0 histórico. Finalizou 12 vezes, com oito delas sendo corretas, e
criou exatamente oito chances claras de gol. Destas, cinco acabaram nas
redes de Alisson, com
aproveitamento de 62,5%. Em um jogo que tinha um elemento de
nervosismo e emoção, por ser justamente um clássico, os atacantes
esbanjaram eficiência. As duas vitórias aumentaram o clamor em volta do
Grêmio. Mas Roger rechaça, ainda, uma briga por título brasileiro.
-
Prefiro manter os pés no chão porque é como entendo que deva ser feito.
Oscilamos há três rodadas, perdemos, e já se falou que não tínhamos
time para ser campeão. Preciso me manter focado. Neste momento o que
desejo é nos manter ali pertinho dos líderes - disse Roger, contendo a
euforia ao falar em briga pelo título brasileiro.

Um contraste muito grande com os dois últimos jogos, na derrota para o
Fluminense, no Maracanã, e no empate com o Sport, na Arena. Contra os
cariocas, na 16ª rodada, finalizou nove vezes, porém em sete delas não
acertou o alvo. Foram quatro chances reais desperdiçadas no Rio de
Janeiro. Na 15ª rodada, no 1 a 1 com os pernambucanos, foram 14
arremates, seis deles longe do gol de Magrão, com seis chances reais de
marcar. Em apenas uma delas, balançou as redes - um aproveitamento de
16,66%.
- Perdemos os jogos por 1 a 0, desperdiçamos as
chances e não vencemos nos detalhes. Agora, voltamos ao normal. É como
eu falei. Tem muita coisa para acontecer ainda. Tem que estudar muito
cada adversário, não se vence pela camisa - comentou o capitão Maicon
após a vitória sobre o Atlético-MG.
Gre-Nal históricoNo clássico, Grêmio foi avassalador e aplicou goleada
Derrota no MaracaContra o Fluminense, erros e chances sem acertar o gol rival
Empate em casaGrêmio criou muito, mas não marcou. Goleiro ainda falhou...
No dia a dia, o treinador orienta seguidamente arremates. Não em
trabalhos simples, apenas com jogadores chutando a gol, como ocorre
muitas vezes. Mas em contextos parecidos com jogos - por exemplo, os
dois gols da vitória sobre o Atlético-MG foram observados no trabalho de
quarta-feira, no CT Luiz Carvalho.
O setor ofensivo,
justamente, terá uma baixa de peso para o jogo com o Joinville, no
domingo, às 18h30, na Arena. O atacante Luan estará suspenso pelo
terceiro cartão amarelo e ganha um descanso após fazer três gols nos
últimos dois jogos - é o artilheiro da equipe no Brasileirão, com cinco
gols, e no ano, com 11. Mas deve dar lugar a Bobô ou Fernandinho - o
primeiro mostra muita eficiência nos trabalhos do dia a dia quando está
na frente do goleiro. O jovem será o único desfalque de Roger para a
partida.
O técnico terá um dia para preparar o Grêmio para o
jogo com os catarinenses, já que o Tricolor voltou nesta sexta-feira
para Porto Alegre e não treinou. O trabalho ocorre na manha deste
sábado, na Arena.
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