A reclamação fica por conta do calendário do futebol brasileiro. O Grêmio, desde o Gre-Nal do dia 9 de agosto, vive uma sequência de jogos durante meio e fim de semana. E engatará esta série no restante do Brasileirão e Copa do Brasil, se conseguir a classificação nas oitavas de final, contra o Coxa, com outras 13 partidas consecutivas. Jogará com Ponte Preta, Figueirense, Coritiba, Goiás, Corinthians, São Paulo, Atlético-PR, Palmeiras, Avaí e Cruzeiro, pelo Brasileiro, e mais três jogos na Copa do Brasil - um com o Coxa e outros dois se confirmar a vantagem e passar para as quartas.
- Serão 17 jogos em 53 dias, esse calendário não tem como definir. Futebol brasileiro vai voltar a ser competitivo no cenário mundial no dia que a gente melhorar o calendário, tudo virá na esteira do calendário organizado. Ponto - avaliou o técnico Roger, criticando a montagem do futebol brasileiro. - Claro que influencia, quando entra 100%, joga, recupera, no próximo jogo é 97%, no outro 95% e assim vai indo, até quando você tem a possibilidade de abrir uma semana e encher o tanque de novo.
A maratona só irá arrefecer no início de outubro, com jogos dias 3 ou 4 e 14 ou 15. O trabalho diário de Roger foi um dos grandes trunfos para que o time crescesse na competição e ganhasse algumas características especiais, como a intensidade, a amplitude e a compactação.
Maicon também reclamou de calendário "desumano" (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
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Nos preocupa na medida que o grande diferencial é a forma como os
jogadores se comprometeram. Só vamos ter uma semana cheia em outubro e
isso nos preocupa. Nossos trabalho é basicamente recuperar nossos
atletas e nos colocar em condições. Vai ter viagem e vai ter a
oscilação. É natural que exista um processo de desgaste - destacou o
diretor executivo Rui Costa. Os jogadores também engrossam o coro da reclamação. Nesta quinta-feira, por exemplo, desembarcaram em Porto Alegre e rumaram para o CT Luiz Carvalho. Quem esteve na vitória sobre o Coritiba, no Couto Pereira, ficou no vestiário e fez trabalho regenerativo na piscina. Para o campo só foram atletas que não jogaram no Paraná ou atuaram poucos minutos. - Nesse momento não dá para treinar muito. É desumano a maneira que a gente joga, com viagens. É muito cansativo. Mas está assim a tanto tempo, todas as pessoas reclamam e nada muda. Temos que encarar, a Ponte vai estar cansada, também. Temos que fazer o nosso jogo e vencer - completou o capitão Maicon.
O Grêmio volta a treinar na tarde desta sexta-feira, no CT Luiz Carvalho. Enquanto isso, os jogadores mantém a rotina de descanso absoluto para o jogo com a Ponte Preta, às 11h de domingo, em Campinas.
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