terça-feira, 11 de agosto de 2015

Os 5 fatos que determinaram a superioridade tricolor

Gre-Nal 407 Grêmio Inter Campeonato Brasileiro Arena


Passada a euforia da goleada no Gre-Nal, é hora de analisarmos este jogo um pouco além dos gols, ou seja, os motivos que fizeram o Grêmio massacrar o rival dentro de campo. Mesmo que eles estivessem passando por uma crise, pela perda de um técnico e por uma pressão da torcida, tal resultado atípico só aconteceu porque o Grêmio conseguiu realizar em campo movimentações importantíssimas, as quais envolveram o adversário. Brevemente, posso dizer que estes foram os 5 pontos de maior superioridade tricolor:

1 – Marcação
Não é algo que aconteceu somente neste jogo, o empenho em marcar forte durante a partida toda tem sido um fator importante no time de Roger. Se observarmos atentamente, veremos que há sempre 3 jogadores pressionando a saída de bola colorada: Luan, Douglas e Pedro Rocha (ou Giuliano). Os três revezaram-se na marcação, fazendo isso o jogo todo e, por causa da pressão, o Grêmio acabou, diversas vezes, recuperando a posse da bola antes que os adversários pudessem passar da linha do meio campo.

2 – Saída de bola
Se teve algo que o Grêmio evoluiu muito, recentemente, foi na saída de bola. Há alguns jogos atrás, principalmente contra Chapecoense e Criciúma – dois times que marcaram forte -, os volantes e meias vinham errando muitos passes quando sofriam uma marcação mais intensa. Mas o Grêmio melhorou nesse quesito devido ao treinamento que Roger realizou para diminuir tantos erros de passe. Além disso, há um rodízio de jogadores que se movimentam constantemente ao redor de quem está com a bola: Luan, Douglas e Giuliano buscam espaço para receber o passe, enquanto confundem a marcação com as suas movimentações. Tanto é verdade que ontem não existiu uma só ligação direta ao ataque.

3 -  Marcelo Oliveira
Não quero atribuir a vitória a um jogador, tampouco poderia, porque todos foram muito bem. Entretanto, é necessário destacar a importância que este jogador tem no sistema defensivo. Sasha, que jogou pela esquerda, simplesmente inexistiu. Marcelo não só anulou ele, mas serviu de referência para o posicionamento da zaga, de tal modo, que até Erazo se destacou por estar muito seguro. Claro que vamos precisar de mais jogos para podermos nos certificar disso, afinal o Inter pouco perigo ofereceu.

4 – Aproveitamento
Quem diria que justamente no Gre-Nal o ataque ia deslanchar? E foi logo aproveitando 5 chances que o Grêmio deixou para trás a sina de criar muito e fazer pouco. Perdemos jogos importantíssimos por não aproveitar as chances, mas neste clássico o tricolor esteve confiante para marcar quantos gols quisesse. Os gols foram a consequência natural do envolvimento dos meias na criação. Que isso perdure nos próximos jogos.

5 – Fato novo
O fato novo que o presidente colorado queria, aconteceu. Uma goleada histórica se deu pela soma dos 4 detalhes anteriores com a crise aumentada por ele próprio, no Inter. Ontem ficou nítida a nossa superioridade tática e estratégica do Grêmio (como as que eu citei acima), mas CINCO GOLS de diferença num clássico é atípico. Tal coisa só acontece quando toda essa superioridade se soma ao desânimo dos jogadores. No Gre-Nal 407, o Inter não tinha padrão tático, pelo contrário, jogou com um buraco no meio campo, protagonizado por Anderson, que não marcou e também não correu, além de Valdívia nem um pouco inspirado. Consequências da queda do treinador? Em partes. O Inter ganhou a grande maioria dos jogos na Libertadores através de qualidades individuais e não coletivas, isso significa que ele não fazia tanto assim. Por outro lado, queda de Aguirre atingiu o principal aliado deles: a confiança.

Todos esses pontos acontecendo num mesmo jogo só poderiam resultar num massacre. O rival não viu a cor da bola, enquanto o Grêmio, soberano, arrancou gritos de “olé” aos 15 minutos do segundo tempo. Foi um domínio completo do jogo, do início ao fim. E mesmo que a fase deles fosse ruim, a grande verdade que ficou escancarada nesse clássico é que o nosso time é muito bem treinado. Isso não apaga as deficiências que o time vinha tendo, nem tudo que precisa superar para permanecer no G4.

Vai ser difícil vencer os adversários diretos, como também será difícil manter o padrão de jogo mostrado no Gre-Nal. Mas uma coisa é certa: precisamos acreditar no trabalho de Roger, porque já começamos a colher os frutos de todo esse empenho.

















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