O departamento de futebol do Grêmio mudou completamente em 8 meses. Nesta segunda-feira, o clube deve confirmar as saídas de Alexandre Faria e José Simões junto com Antônio Vicente Martins, que teve saída confirmada no domingo. Além da pressão política, erros sequenciais levaram à queda dos responsáveis pelo rendimento em campo. Trocas de comando, erros de contratações, situações confusas, tudo fez o Grêmio tentar mudança de rumo.
Na “escalação de erros”, jogadores que não viajaram para atuar por falta de passaporte, atletas contratados que não puderam jogar, negociações frustradas, dispensas, anúncio de Ronaldinho frustrado, caixas de som no campo do Olímpico, tudo isso levou à direção a cair toda, exceção ao presidente, que só sai caso haja um movimento entre os sócios pedindo impeachment.
Escalação de erros da direção do Grêmio, que caiu em 8 meses
Jogador Posição Caso
Busatto Goleiro Foi emprestado ao ASA-AL, mas chamado de volta pois o Grêmio ficou sem goleiros suficientes no elenco
Gabriel Lateral Quando renovou seu contrato, não teve nome publicado no BID em tempo e ficou fora de duas rodadas
Jailton Zagueiro Foi com a delegação para viajar a Rivera-URU, mas não pôde embarcar pois é menor de idade e não tinha autorização dos pais
Rafael Marques Zagueiro Chegou a ser descartado, orientado a procurar clube pelos cartolas, mas foi reintegrado e virou titular
Neuton Lateral Jogou após ser negociado e falhou por não estar com pensamento no clube
Everton Volante Contratado do Cruzeiro e anunciado, o jogador não passou por exames médicos e voltou para o time mineiro
Vinícius Pacheco Meia Contratado, ele foi apresentado e treinou pelo Grêmio, mas teve que voltar ao Flamengo pois a negociação não havia sido concretizada
Carlos Alberto Meia Contratado, o meia foi protagonista de muitas polêmicas e acabou dispensado em curto espaço de tempo
Ronaldinho Meia Anunciado pela direção, o clube chegou a fazer uma festa para sua chegada, que não aconteceu
Jonas Atacante Deixou o clube com pagamento de multa rescisória, ou seja, praticamente não gerou lucros
Borges Atacante Foi vendido ao Santos em troca de Marquinhos e o clube ficou sem alternativas no ataque
Renato Gaúcho Técnico A direção do Grêmio aceitou todas suas regalias, depois, o demitiu pelos insucessos
Junto com os jogadores, a parceria frustrada com a Traffic, e outros casos, como o diretor executivo Alexandre Faria, que pode ser demitido menos de um mês após ser contratado, ou a negociação com Wellington Paulista, anunciado sem chance de poder atuar por ter três negociações no ano. Também podem ser citados: erros nas avaliações de Escudero e Marquinhos, e o insistente discurso sobre a “Batalha dos Aflitos”.
Fora de campo, a Arena, antiga “menina dos olhos” do comando do clube, também passou por percalços. Ao menos duas greves na construção do novo estádio ocorreram em 2011. Os problemas foram resolvidos, a obra está, aparentemente, adiantada. Também fora de campo, o marketing criou ações para toda temporada embasadas em Renato Gaúcho, como linha de roupas assinada pelo ídolo e campanha de sócios. Mas Renato acabou demitido. O técnico foi autorizado a coordenar a construção de uma quadra de futevôlei próximo ao suplementar do Olímpico, mas acabou saindo antes da estreia do local.
Ainda somado a isso, o turbilhão político com interferência no vestiário. Críticas, brigas, discussões públicas, tudo chegou de uma forma ou de outra até os jogadores. Como resultado de tantas ‘trapalhadas’, queda nas oitavas de final da Libertadores, vice-campeonato gaúcho e a proximidade com a zona de rebaixamento no Brasileirão.
A torcida, descontente, fez ao menos quatro manifestações contra a direção. Os motivos vão desde as manifestações derrotistas do comando do clube até a saída de Renato Gaúcho. Neste tornado de acontecimentos, o Grêmio tenta se reorganizar e evitar o pior na temporada 2011
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