O treinador está longe de ser o Felipão de 1995, mas, aos poucos, passa a conquistar a confiança da torcida. Na estreia na Libertadores, fora de casa, armou uma equipe combativa e eficiente. Venceu o Nacional-URU no Parque Central e, desde então, só conheceu bons resultados também no Gauchão. O estilo do comandante igualmente contagiou os atletas. Zé Roberto chegou a dizer que Enderson "devolveu a alegria do grupo em jogar futebol".
Enderson montou time ofensivo e 'intenso', como ele mesmo gosta de definir (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
É
o camisa 10 do Grêmio a grande referência para o Nacional. Todos citam o
experiente meio-campo para resumir os perigos que os mandantes podem
oferecer. Mas os colombianos têm as suas armas. Até porque, embora com
quatro desfalques, vêm de vitória na primeira rodada, batendo o Newell's
Old Boys por 1 a 0, gol do meia Cardona, um dos expoentes da trupe de
Juan Carlos Osorio, que, aos 51 anos, conta com formação profissional no
futebol inglês.- Nossa equipe gosta de ter a bola e fazê-la rodar pelo campo. Também temos velocidade no ataque. Será uma partida complicada - avalia o treinador.A torcida é trunfo do Grêmio para embalar na Libertadores. Fugindo da rotina, Fábio Koff desceu ao gramado da Arena no treino de segunda, conversou com Enderson e mandou um recado aos fãs. Quer estádio repleto, cerca de 40 mil. Dos 25 mil ingressos colocados à venda, 13,5 mil já foram comercializados (clique aqui e confira os valores).
- O fator local é, talvez, o mais importante. Pelo que vivi, com a minha experiência de Libertadores, ele é preponderante. Vamos ver se o torcedor nos ajuda, se a equipe corresponde, tenho uma expectativa muito positiva com relação ao jogo de amanhã (terça). O Grêmio está se entrosando. Há um clima muito bom fora do campo - conclamou o presidente.
Eles são visitantes, mas também tem sua legião de fanáticos. Um grupo de 50 colombianos viajou de seus país para Porto Alegre. A turma de estrangeiros chegou ao Brasil de carona. O trajeto, para alguns, demorou até 25 dias. No roteiro, passagens por Equador, Peru, Bolívia e Paraguai. Para se manter na capital gaúcha, vendem produtos como pulseiras confeccionadas por eles. Os ingressos para a partida foram pagos pelo clube.
Patricio Polic apita a partida, auxiliado por Francisco Mondría e Raúl Orellana, trio chileno. O GloboEsporte.com acompanha os lances em Tempo Real às 22h.
Nacional-COL: Luiz Martínez; Daniel Bocanegra, Stefan Medina, Óscar Murillo e Farid Diaz; Diego Arias, Alexander Mejía, Sherman Cárdenas e Edwin Cardona; Orlando Berrío e Fernando Uribe.
Grêmio: Kleber, com lesão no joelho, é o único desfalque do time de Enderson Moreira.
Nacional-COL: Juan Carlos Osorio tem quatro desfalques: o zagueiro Alexis Henríquez e os atacantes Jefferson Duque, Páes e Juan Pablo Ángel, este último presente na final de 1995 e autor de gol sobre o Grêmio no Olímpico.
O Nacional de Medellín desperta a lembrança mais saborosa aos gremistas. Em 30 de agosto de 1995, em solo colombiano, o Grêmio arrancou um empate em 1 a 1 com pênalti convertido por Dinho no final e, combinado ao 3 a 1 de Porto Alegre, sagrou-se bicampeão da Libertadores. Já o Nacional não vai bem quando o assunto é jogar no Brasil. Desconhece a vitória há 21 anos. O último triunfo? Sobre o Inter, na Libertadores de 1993, com gol de Aristizábal.
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