Bate-papo com Zé Roberto: "Imagina agora eu fazer um gol e ver a avalanche descendo"

O presidente Paulo Odone confirmou Zé Roberto como novo reforço gremista na manhã desta sexta-feira, e o jogador não poderia estar mais empolgado. Já passava das 22h no Catar quando o craque, em plena concentração do Al Gharafa, afirmou que está na expectativa de vestir a camisa tricolor, ainda mais depois de saber que será recebido com status de craque em Porto Alegre.




A janela de transferência só abre em primeiro de agosto, mas existe a possibilidade de ser antecipada para junho. Quanto antes vestir a camisa tricolor e entrar em campo melhor?


Zé Roberto: Com certeza, esse é o meu pensamento. Até porque quando terminar a competição aqui no Catar, mais ou menos no dia 20 de maio, eu quero dar sequência, não quero ficar parado, para pegar o início do Brasileiro. E vou te confessar: estou muito ansioso, porque o Grêmio sempre foi um dos mais difíceis de se enfrentar, pelo lado guerreiro, que é o diferencial.



Você chegou a enfrentar o Grêmio em uma final do Brasileirão, em 1996, contra a Portuguesa.


Zé Roberto: Eu perdi e o Grêmio me tirou também da semifinal da Libertadores de 2007. Então é um clube que sempre ficou na minha memória pelo grau de dificuldade de enfrentar. Hoje, poder jogar num clube como esse, é uma satisfação muito grande. Estou ansioso para ver a avalanche. Sempre joguei contra o Grêmio, e a avalanche me arrepiava. Imagina agora eu fazer um gol e ver a avalanche descendo. Isso tudo fica na minha cabeça, então não vejo a hora de poder jogar.

Existe alguma diferença do seu desempenho em campo hoje comparado ao de dez anos atrás?


Zé Roberto: Não vejo nenhuma, viu? A única diferença que eu vejo é que hoje, depois de jogar 90 minutos, em vez de eu precisar de um dia para recuperar, eu sinto que preciso de dois.



Tu conheces bem o Luxemburgo, já trabalhou com ele antes.


Zé Roberto: Conheço a comissão técnica, o próprio Mello (Antônio, preparador físico), o professor Vanderlei, trabalhamos juntos na Seleção, no Santos. O Emerson, joguei com ele na Seleção, na Alemanha.





Conheces também os jogadores do atual elenco?


Zé Roberto: Joguei na Seleção com o Gilberto Silva. Atuei com o Marquinhos na Alemanha. Conheço o Victor, o Gabriel, o Pará, que jogou no Santos, o Fernando, das categorias de base da Seleção, um jogador que tem futuro grande. O próprio Marco Antônio, que fez boa campanha com a Portuguesa. O Léo Gago, o Souza. No ataque, tem o Kleber, que é, no meu ponto de vista, um dos melhores atacantes da atualidade no Brasil. O Moreno, que tem experiência internacional. São jogadores importantes. Tem uma mescla de jogadores experientes com jogadores jovens promissores. São muitas coisas favoráveis para montar um grande time para brigar com os grandes do Brasil pelo título do Brasileiro e lutar por vaga na Libertadores, ainda mais com estádio que ficará pronto.