Na sexta participação do Grêmio na Copa do Brasil, o time era comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari. A campanha que resultou no bicampeonato tricolor na competição começou com um empate em 2 a 2 diante do Criciúma, no Estádio Heriberto Hülse, em Santa Catarina.
Os dois gols dos atacantes Carlinhos e Gílson deram ao time gaúcho a vantagem do empate em até 1 a 1 no jogo de volta, graças ao saldo qualificado. Mas nada de acomodação. O atacante Carlinhos marcou duas vezes e o Grêmio bateu o Criciúma por 2 a 1, no Estádio Santa Rosa, em Novo Hamburgo, e seguiu para a próxima fase.
Nas oitavas de final, o adversário era o Corinthians. O time paulista tinha grandes nomes como o meia Marcelinho Carioca e o atacante Casagrande. Mas nada que intimidasse o Grêmio, que tratou de garantir o placar favorável em casa logo no primeiro jogo. Venceu a partida por 2 a 0 no Olímpico, com gols dos atacantes Gilson e Fabinho. No jogo de volta, no Pacaembu, o Grêmio buscou o empate em 2 a 2, com gols de Nildo e de Fabinho, e conseguiu a classificação para as quartas de final.
O resultado colocou o Vitória da Bahia no caminho tricolor. Novamente, o primeiro jogo aconteceu no Olímpico e mais uma vez o Grêmio conseguiu o resultado favorável: 1 a 0 com um gol do zagueiro Agnaldo no primeiro tempo. Na partida de volta, no Estádio Fonte Nova, o Grêmio repetiu o placar com um gol do atacante Nildo e seguiu para a semifinal.
O rival desta vez era o Vasco da Gama, do atacante Jardel, que no ano seguinte desembarcaria no Olímpico e se tornaria um dos ídolos da história recente do clube. Mas 1994 ainda não era o ano de Jardel e sim o de Nildo. O primeiro jogo, disputado no Maracanã, terminou em 0 a 0. Na partida de volta, no Olímpico, dois gols do bigodudo camisa 9 tricolor garantiram a vitória por 2 a 1 e colocaram o Grêmio na decisão da Copa do Brasil pela quarta vez.
E 1994 realmente era o ano de Nildo no Grêmio. Após o título de 1989 frente ao Sport Recife, o clube havia disputado duas finais, em 1991 frente ao Criciúma e em 1993 frente ao Cruzeiro, e ficado com o vice-campeonato. Mas na final contra o Ceará o camisa 9 tricolor fez a diferença.
Após um empate em 0 a 0 no Estádio Castelão no jogo de ida, o time comandado por Luiz Felipe Scolari consolidou sua segunda conquista na Copa do Brasil em um Olímpico lotado com 50 mil gremistas, que empurraram o time para a vitória por 1 a 0 frente ao Ceará. O gol do título, logo aos três minutos do primeiro tempo, é claro, só poderia ter sido dele: Nildo.
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