Na nona participação do Grêmio na Copa do Brasil, o time estava embalado pelas conquistas da equipe multicampeã comandada por Luiz Felipe Scolari nos anos anteriores. A partir do segundo título em 1994, a sequência com o bi da Libertadores em 95 e do Brasileirão em 96 marcou uma das eras mais vitoriosas do clube.
Em 1997, o comando da equipe foi designado ao técnico Evaristo de Macedo. A base do time seguia praticamente a mesma dos anos anteriores, o que resultava em um bom entrosamento dentro de campo.
A estreia na Copa do Brasil daquele ano aconteceu diante do Fortaleza, com uma vitória gremista no Estádio Castelão. O resultado de 3 a 2 foi construído com dois gols de Zé Alcino e um de Paulo Nunes, o que garantia uma boa vantagem para o jogo de volta. No Olímpico, o time de Evaristo garantiu a vitória mais uma vez com o placar de 3 a 1, com dois gols de Paulo Nunes e um de Dinho, carimbando o passaporte para as oitavas de final.
Nesta fase, o adversário era a Portuguesa. O rival era conhecido. Afinal, os dois clubes realizaram a decisão do Brasileirão em 1996, vencida pelos gaúchos. E a vantagem gremista voltou a se repetir. No jogo de ida, no Olímpico, o Grêmio construiu o placar favorável por 2 a 1 com gols de Otacílio e Paulo Nunes. Na volta, no Canindé, o mesmo Paulo Nunes marcou no empate em 1 a 1 que garantiu a vaga tricolor nas quartas de final.
No caminho gremista, surgiu o Vitória da Bahia. Por coincidência, o mesmo adversário nas quartas na campanha do bicampeonato em 1994. E a força do Grêmio prevaleceu mais uma vez: no jogo de ida, uma boa vitória por 2 a 0 no Olímpico, com gols de Luiz Carlos Goiano e do artilheiro Paulo Nunes. Na volta, um empate em 3 a 3, com um gol contra do zagueiro Nilson, de Rodrigo Gral e de Paulo Nunes, como de costume, colocaram o Grêmio na semifinal da Copa do Brasil.
Outro velho conhecido como rival: o Corinthians. Em 1995, as duas equipes fizeram a final da Copa do Brasil, conquistada pela equipe paulista com duas vitórias nos jogos decisivos. Mas a sorte mudaria de lado nesta vez. Na partida de ida, no Morumbi, o Grêmio superou o Timão por 2 a 1 com um gol contra do lateral Rodrigo e outro de Paulo Nunes. Na volta, um empate em 1 a 1, com o nono gol de Paulo Nunes no torneio, não só deu a artilharia ao atacante gremista como colocou o time gaúcho na final.
Nos dois jogos decisivos, o Flamengo de Romário e de Sávio era o time a ser batido. E o título foi conquistado de maneira épica pelo Grêmio. Na ida, no Olímpico, um empate em 0 a 0 levou a decisão para um Maracanã com mais de 100 mil flamenguistas na partida de volta.
O ambiente inóspito, entretanto, não intimidou o time gaúcho. Com gols de João Antônio e de Carlos Miguel, o Tricolor segurou um empate em 2 a 2 e calou o Maracanã. Foi a primeira vez que o Flamengo perdeu um título nacional no estádio. Justamente para o Grêmio, que com o terceiro título, se tornava o maior campeão da Copa do Brasil até aquele ano.
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