terça-feira, 28 de julho de 2015

GRÊMIO COMEMORA 32 ANOS DE SUA PRIMEIRA LIBERTADORES Dia 28 de julho entrou para história do Tricolor





Nesta data, há 32 anos, numa noite fria de quinta-feira, o
Tricolor vencia por 2 a 1 o Peñarol, no Olímpico, e conquistava pela
primeira vez a Copa Libertadores da América. Foi uma trajetória repleta
de passagens dramáticas e emocionantes, escritas por personagens únicos,
que hoje fazem parte da memória e das lembranças de quem viveu de perto
aquele momento.


Nada aconteceu por acaso. Sob o comando do presidente Fábio Koff, o
Clube planejou exatamente cada passo daquele ano de 1983. Como grande
objetivo, a conquista do Mundial de Clubes do Japão, no final do ano.
Para isso, obviamente, vencer a Libertadores se tornou obsessão. Aos
poucos, o plantel comandado pelo jovem Valdir Espinosa foi sendo
composto minuciosamente peça a peça, mesclando juventude e experiência.
Após o insucesso da campanha de 1982 (primeira participação do Tricolor
na competição), a direção viu na Libertadores de 83 a oportunidade, não
só de reabilitação, mas de colocar o Clube de vez entre os maiores do
Continente.




PRIMEIRA FASE:


Como vice-campeão do Campeonato Brasileiro de 1982, o Grêmio começou a
primeira fase da Libertadores no Grupo 2, ao lado do Flamengo e de
Bolivar e Blooming, campeão e vice da Bolívia. Ao contrário de hoje em
dia, naquela época apenas o campeão do grupo obtinha a classificação pra
fase seguinte. Portanto, qualquer tropeço na etapa inicial poderia ser
fatal. A estreia foi contra o Flamengo, no Olímpico. Além da necessidade
de começar bem a competição, o jogo reacendia a rivalidade entre as
duas equipes que decidiram o Brasileirão no ano anterior, com vantagem
para os cariocas. Baltazar abriu o placar para os visitantes e De León
igualou em 1 a 1 na segunda etapa. O empate dentro de casa não foi
considerado um resultado satisfatório obrigando o time a buscar
recuperação nos jogos da Bolívia. O primeiro deles aconteceu contra o
Blooming, em Santa Cruz de La Sierra, e o Tricolor venceu por 2 a 0, sem
maiores dificuldades. O que a direção temia era, na verdade, a altitude
de La Paz. Toda uma logística especial foi montada para este jogo
começando pela alimentação dos atletas com a presença de uma
nutricionista na delegação (uma novidade na época) e finalizando com a
chegada no mesmo dia do jogo. Três dias depois de bater o Blooming, a
delegação desembarcou em La Paz para vencer o Bolivar, de virada, por 2 a
1, com o histórico gol marcado pelo volante China. Os resultados do
Flamengo em sua passagem pela Bolívia (empate com Blooming e derrota pro
Bolivar) valorizaram ainda mais os triunfos do Tricolor fora de casa.
Sendo assim, mais duas vitórias contra os bolivianos, no Olímpico,
garantiriam a classificação gremista antecipadamente. Foi o que
aconteceu: com o apoio da torcida, o Grêmio fez 2 a 0 no Blooming e 3 a 1
no Bolivar comemorando a vaga na semifinal. Na última rodada, apenas
para cumprir tabela, goleada de 3 a 1 sobre o Flamengo, no Maracanã.





SEMIFINAIS:


Motivado pelo bom desempenho na fase de classificação, com a melhor
campanha dentre os 20 clubes participantes, o Tricolor chegou à
semifinal ficando no Grupo 1 ao lado de Estudiantes/ARG e América/COL. A
estreia foi em casa, contra os argentinos: vitória de 2 a 1. Três dias
depois, o Tricolor conheceu sua primeira e única derrota na competição
ao perder de 1 a 0 para o América, em Cáli. A recuperação veio no jogo
seguinte, novamente contra os colombianos, vitória de 2 a 1, no
Olímpico. Neste jogo, brilhou a estrela de Mazarópi, que defendeu uma
penalidade máxima no final da partida mantendo o time vivo na
competição. O jogo seguinte entrou para história do Grêmio como “A
Batalha de La Plata”, onde o Tricolor empatou com o Estudiantes pelo
placar de 3 a 3 após sofrer todos os tipos de pressões e agressões fora e
dentro de campo. O confronto foi um marco na trajetória do Clube em
busca do título. A classificação para grande final veio após um empate
sem gols do próprio Estudiantes com o América, em Cali. Uma partida onde
o Grêmio trabalhou forte fora de campo utilizando a influência do
presidente Fábio Koff e a amizade com o clube colombiano.





FINAL:


O adversário na decisão foi o grande Peñarol, do Uruguai, atual
campeão mundial e que havia entrado na competição já na fase de
semifinal. No primeiro jogo, no mítico estádio Centenário, empate em 1 a
1, com Tita fazendo o gol do Grêmio. O resultado foi muito comemorado,
pois uma vitória no Olímpico, no jogo de volta, garantia o título ao
Tricolor. Um novo empate levaria a decisão para uma partida extra, em
Buenos Aires, campo neutro. No dia 28 de julho de 1983, o Tricolor
entrou em campo para o jogo mais importante de sua história. Com o
Olímpico lotado, o time de Espinosa venceu pelo placar de 2 a 1. Caio
abriu o marcador no primeiro tempo. No segundo, Morena empatou para os
uruguaios e Cesar, após cruzamento de Renato, fez o gol do título. O
feito, inédito no Rio Grande do Sul, garantiu o Tricolor na decisão do
Mundial, no Japão, culminando com a conquista do maior título da
história do Clube até hoje. Desde então, o Grêmio passou a ser conhecido
e respeitado como um dos granes times do planeta.








FICHA DA DECISÃO:






GRÊMIO 2 x 1 PEÑAROL

28/07/1983

Copa Libertadores da América

Estádio Olímpico






GRÊMIO:

Mazarópi; Paulo Roberto, Baidek, De León e Casemiro; China, Osvaldo e Tita; Renato, Caio (César) e Tarciso.

Técnico: Valdir Espinosa




PEÑAROL:


Fernandez; Montelongo, Olivera, Gutierrez e Diogo; Bossio, Salazar e Saralegui; Silva (Peirano), Morena e Ramos.

Técnico: Hugo Bagnulo




GOLS:

Caio (GRE – 10 do 1ºT)

Morena (PEN – 25 do 2ºT)

César (GRE – 32 do 2ºT)




ARBITRAGEM:

Édison Pérez (PER)

Enrique Labo e Carlos Montalvan (PER)




BANCO DE RESERVAS

Beto, Leandro José, Paulo César, César e Tonho.








Nenhum comentário:

Postar um comentário