quarta-feira, 13 de março de 2013

GRÊMIO SEGUE NA VICE-LIDERANÇA DO GRUPO 8 DA LIBERTADORESApesar de resultado negativo em Caracas, Tricolor segue na zona de classificação

A noite desta terça-feira não foi boa para o Grêmio. Jogando contra o Caracas, no Estádio Olímpico da Universidade Central da Venezuela, o Tricolor acabou superado pelos donos da casa pelo placar de 2 a 1 em jogo válido pela quarta rodada do Grupo 8 da Copa Bridgestone Libertadores. Lutando contra uma equipe que conhece os atalhos do péssimo gramado, o Grêmio até saiu na frente e criou boas possibilidades durante a partida, mas o adversário foi mais efetivo e acabou concluindo em gol as oportunidades que criou. Com este resultado, o Tricolor segue na segunda colocação do grupo, mas ao lado do Caracas, ambos com seis pontos ganhos.






PRIMEIRO TEMPO





Foi o tempo do árbitro boliviano soar seu apito para o Caracas mostrar que estava disposto a vingar o resultado de 4 a 1 no jogo de Porto Alegre. Eram 20 segundos de partida quando os donos da casa criaram a primeira grande oportunidade de gol. Na saída do jogo no meio campo, a bola foi erguida no miolo da área gremista. A zaga afastou parcialmente e o rebote caiu nos pés do meia Otero que chutou rasteiro. Dida fez grande defesa salvando o Grêmio.



Com o gramado em péssimas condições, a alternativa da bola aérea não era uma opção apenas do Grêmio, mas do Caracas também.



Aos 7 minutos, o Tricolor criou sua primeira chance para abrir o marcador. Fernando começou a jogada no campo de defesa e deu para André Santos que tabelou com Barcos, na entrada da área, pela esquerda. Ele abriu espaço e chutou cruzado com a bola passando à esquerda da meta de Baroja.



O Caracas respondeu forte no lance seguinte e criou duas boas oportunidades na sequência: na primeira delas, Jiménez arriscou da entrada da área obrigando Dida a fazer boa defesa. Na segunda, após cruzamento da direita, Farías dominou dentro da área, mas chutou fraco. Dida ficou com ela outra vez.



Aos 13 minutos, Elano iniciou contra-ataque lançando Vargas, sozinho contra dois marcadores. O chileno abriu espaço e arriscou de longe. Um chute forte, mas por sobre o travessão de Baroja.



A partir daí, o Tricolor começou a colocar a bola no chão e a dominar a partida fazendo prevalecer sua superioridade: aos 17 minutos, depois de uma pressão com bolas erguidas sobre a área venezuelana, André Santos recuperou uma bola que estava dominada pelo lateral adversário no campo de defesa, foi ao fundo e cruzou com perfeição. Ela passou por Vargas e Barcos, mas não passou por Elano, no segundo pau. Ele chegou a se abaixar para mandar de cabeça, no canto esquerdo de Baroja! Golaço!

Grêmio 1 a 0!



Era tudo o que o Tricolor queria: um gol cedo para jogar com mais tranquilidade e confiança.



Aos 24 minutos, chegando forte no toque de bola, Barcos recebeu lançamento do campo de defesa e fez o passe nas costas da zaga procurando Vargas, pela direita. A conclusão explodiu na zaga e voltou pra Elano que chutou de primeira, cruzado. Barcos ainda se atirou na bola dentro da pequena área, mas ela passou e saiu do outro lado. Boa chance!



Aos 32 minutos, numa jogada fora do lance, Vargas acabou recebendo cartão amarelo.



Dois minutos depois, após cobrança de falta da intermediária buscando o fundo de campo, Jamírez subiu de cabeça e mandou por cima de Dida. A bola cruzou a pequena área e saiu do outro lado com muito perigo.



Aos 36, foi a vez de Elano receber cartão amarelo após falta no campo de defesa do Tricolor, ao lado da área pela esquerda. Foi o seu terceiro na competição, o que o deixa de fora da partida contra o Fluminense. Na cobrança, Otero tentou surpreender Dida mandando direto, mas ela foi pra fora.



O Tricolor recuou um pouco no final dos primeiros 45 minutos e o Caracas começou a gostar do jogo, mas efetivamente não conseguiu mais levar perigo ao gol de Dida.



Aos 44, Zé Roberto recebeu de Elano dentro da área, pela direita, e chutou desequilibrado, buscando o canto do goleiro Baroja, que teve que se esticar para fazer boa defesa.



Já nos descontos, quando tudo indicava uma vitória parcial do Tricolor no primeiro tempo, o árbitro boliviano inventou uma falta ao lado da área para o Caracas. Otero na cobrança acertou a barreira, mas a bola não saiu dali e ainda caiu à feição para Angel Peña, que chutou forte, rasteiro, no canto direito, sem chances para Dida.



Era o empate do Caracas no último lance.





SEGUNDO TEMPO:



O primeiro ataque etapa final foi do Grêmio, logo aos 4 minutos. No contra-ataque, Vargas recebeu na esquerda, na entrada da grande área. Ele puxou pro pé direito, mas esperou o deslocamento de André Santos, atrás da zaga. O passe de calcanhar encontrou o lateral gremista já sem ângulo e o chute saiu desviado.



Dois minutos depois foi a vez de Zé Roberto receber livre, na frente da área. Ele avançou sem marcação e chutou colocado, rasteiro. A bola desviou no meio do caminho dificultando a defesa de Baroja, que bateu roupa. No rebote, Vargas não conseguiu concluir. A bola acabou sobrando para Fernando, que mandou sem direção.



Bom início do Grêmio na etapa final que rapidamente foi neutralizado pelos donos da casa, que faziam de tudo para ter o controle da posse de bola, mas ainda assim não conseguiam chegar com perigo.



Aos 17 minutos, aconteceu um lance que poderia ter mudado a partida: o Tricolor roubou a bola no campo de defesa do Caracas e partiu em contra-ataque de dois contra um. Vargas desceu com a bola dominada, mas na hora de fazer o passe para Barcos, a bola correu demais e ficou nas mãos do goleiro. Uma pena.



Dois minutos depois, em outro contra-ataque Pará recebeu na direita e cruzou com perfeição, na marca de pênalti. Barcos subiu mais alto que todo mundo, mas mandou à direita, com muito perigo.



Tudo indicava que o Tricolor poderia marcar o segundo gol a qualquer momento, mas, no futebol, os indícios não devem ser levados em consideração e foi o Caracas que conseguiu marcar o gol da virada aos 21 minutos: Cure recebeu na esquerda, em posição duvidosa, ganhou da marcação em velocidade e fez o passe rasteiro na pequena área. Farías se antecipou e mandou para as redes.

Caracas 2 a 1. Uma ducha de água fria.



Como era de se esperar, a torcida venezuela acordou e o time



Aos 27, 29 e 32 minutos, Luxemburgo fez três modificações na sequência: colocou primeiro Welliton no lugar de Fernando, depois Marco Antonio na vaga de Elano e, na última, Willian José no lugar de Vargas.



O time precisava ir pra cima do Caracas em busca de uma melhor sorte na partida. Por outro lado, conhecendo os atalhos do campo, o Caracas seguia levando perigo nos contra-ataques.



Aos 36, Barcos recebeu passe dentro da área e acabou puxado quando tentava o corte no marcador. O árbitro não marcou a penalidade pedida pelo argentino. Na continuação da jogada, Zé Roberto desceu com a bola pela esquerda e rolou na frente da área para Willian José. O atacante foi dominar, mas a bola escapou graças ao péssimo gramado e o Tricolor perdeu a oportunidade.



O Tricolor até martelou no final, mas realmente foi uma noite onde nada deu certo.



Agora é levantar a cabeça e buscar a classificação nos dois últimos jogos, contra o Fluminense na Arena e contra o Huachipato no Chile.



Fotos: Lucas Uebel





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Libertadores 2013 - Primeira fase



Placar: Caracas 2 X 1 Grêmio

Local: Caracas

Data: 12.mar.2013



Gols: Elano



Escalação Grêmio

Dida

Pará

Cris

Werley

André Santos

Fernando

Souza

Elano

Zé Roberto

Vargas

Barcos



Entrou Saiu

Welliton Fernando

Marco Antonio Elano

Willian José Vargas



Escalação Caracas

Baroja

Amaral

Peraza

Sánchez

Carabalí

Jiménez (Quijada)

Guerra

Otero

Peña (Vivas)

Farías

Curé (Febles)

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