sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Vargas, Riveros, Maxi e Barcos: o que o Grêmio perde e ganha com cada estrangeiro em campo Renato Portaluppi terá que optar por apenas três jogadores para o confronto deste domingo

Vargas, Riveros, Maxi e Barcos: o que o Grêmio perde e ganha com cada estrangeiro em campo Banco de dados/
Foto: Banco de dados
Luís Henrique Benfica
A legislação, que não autoriza o uso de quatro estrangeiros no mesmo jogo, cria um dilema para Renato Portaluppi. Entre Riveros, Maxi Rodríguez, Vargas e Barcos, o técnico precisará escolher três na montagem da lista de relacionados para a partida contra a Ponte Preta, domingo, em Campinas.
Capitão do time, o argentino Barcos é presença certa, apesar da má fase. Como o treinador não abre mão de um meio-campo com três volantes, o paraguaio Riveros ganha pontos. Desse modo, a disputa pela terceira vaga parece limitar-se ao uruguaio Maxi e ao chileno Vargas. Como os treinos da semana indicaram a repetição do time que bateu o Flamengo, o terceiro estrangeiro tende a ser uma alternativa apenas no banco.
Para não dar pistas, Renato decidiu incluir os quatro na viagem, marcada para este sábado à tarde. Enquanto isso, o leitor é convidado a montar seu próprio time.

VARGAS
O que ganha
Quando consegue incorporar, a serviço do Grêmio, o mesmo espírito da seleção chilena, Vargas faz a diferença. Nessas horas, é o mesmo jogador veloz, vocacionado para o drible e de forte presença na área do time adversário. Parte dessas virtudes foram usadas no gol contra o Inter, dia 20 de outubro, o último marcado por um atacante do Grêmio.
O que perdeSobre Vargas recaem as mesmas críticas que Renato Portaluppi faz a Maxi Rodríguez. Por vezes, fica alheio ao andamento da partida, como se não fosse tarefa sua auxiliar na marcação. Também pesa contra sua escalação a falta de maior maturidade. Mais de uma vez, Vargas prejudicou a equipe com expulsões injustificadas.

RIVEROS
O que ganha
O volante paraguaio correspondeu aos elogios que precederam sua chegada e virou peça decisiva no 3-5-2 que levou o Grêmio às primeiras posições do Brasileirão. Eficiente no desarme, reveza-se com Ramiro nas chegadas à frente, como um meia. Mesmo sem ser alto (1m79cm), é bom cabeceador. E tem chute preciso.
O que perdeSuas últimas atuações não têm sido muito elogiadas. Em cinco partidas, Riveros foi substituído em quatro, sempre para que a equipe ganhasse mais força ofensiva. Como o Grêmio precisa da vitória, poderia sair da equipe em nome de um modelo mais ofensivo, com apenas dois volantes e mais jogadores de armação.

MAXI RODRÍGUEZ
O que ganha
O meia uruguaio de 22 anos representa o novo no time do Grêmio. Com técnica exuberante, Maxi arrisca dribles e colabora como poucos nas assistências aos atacantes. As dúvidas sobre sua importância para o time desapareceram de vez com os dois gols marcados contra o Flamengo, em que só precisou de 35 minutos para resolver o jogo. 
O que perdeO próprio Maxi admite que precisa crescer no plano tático. Sem a bola, é um jogador pouco participativo, que não cumpre, segundo Renato, sequer a função de "cercar" os adversários. Também não se sabe qual será seu rendimento caso seja escalado desde o início dos jogos, sem ter adversários cansados pela frente.

BARCOS
O que ganha
Aos olhos da torcida, é cada vez mais difícil encontrar uma justificativa para sua permanência no time. Renato, contudo, valoriza questões táticas, como sua incansável dedicação para marcar a saída de bola dos volantes adversários e na bola aérea defensiva. O técnico também valoriza seu espírito de liderança.  
O que perdeO maior investimento da temporada desaprendeu a fazer gols. Parte da culpa é do esquema, que o mantém distante da área. Mas como explicar as chances desperdiçadas por Barcos tendo somente o goleiro adversário pela frente, como na partida frente ao Bahia? Abalado pelas cobranças, o centroavante erra, por vezes, até os lances mais simples.

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