quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Capitães dos quatro títulos do Grêmio na Copa do Brasil confiam em vaga na final Time de Renato decide classificação contra o Atlético-PR na nesta quarta, 21h50min, na Arena

Capitães dos quatro títulos do Grêmio na Copa do Brasil confiam em vaga na final Banco de Dados/
Edinho, Pingo, Mauro Galvão e Zinho acreditam que time de Renato pode conquistar o penta Foto: Banco de Dados
Luís Henrique Benfica
Entre 1989 e 2001, época em que o Grêmio reinou na Copa do Brasil, eles comandavam o time dentro de campo. Capitão na primeira conquista, Edinho era um zagueiro de estilo vigoroso, já àquela altura com três copas do mundo no currículo.

Em 1994, o líder dentro de campo era o volante Pingo, jogador de carreira mais discreta, mas com autoridade para comandar um grupo de emergentes em que se destacavam Danrlei, Roger, Emerson e Carlos Miguel.

Já veterano e com uma carreira repleta de conquistas, Mauro Galvão foi a voz do treinador dentro de campo em 1997. Zinho, também um multicampeão, foi o comandante, em 2001, de um time ainda hoje lembrado por sua qualidade técnica. 

Em depoimento a Zero Hora, os capitães do tetra gremista na Copa do Brasil manifestaram sua esperança de que as portas para o penta sejam definitivamente abertas nesta quarta, contra o Atlético-PR, na Arena. Apostam na histórica capacidade de superação do time e, sobretudo, no incentivo dos torcedores.

Será o segundo jogo da semifinal e somente uma vitória por dois gols de diferença garante a vaga ao Grêmio, sem a aflição dos pênaltis, como ocorreu na semifinal.

A torcida espera que Barcos, o capitão de 2013, supere a má fase e ajude na travessia rumo à final. E também possa, daqui a algum tempo, deixar sua marca na Calçada da Fama, honraria que já foi concedida a Edinho, Pingo, Mauro Galvão e Zinho.


Edinho, capitão do time campeão de 1989
"Em 1989, eu não estava acostumado a este tipo de competição, recém havia voltado da Europa. A partir daquele ano, o Rio Grande do Sul ensinou ao resto do Brasil a importância da Copa do Brasil para chegar à Libertadores. Tudo começou aí, com a rivalidade que os gaúchos já tinham com Argentina e Uruguai, pela proximidade. O Grêmio e sua torcida conhecem bem o espírito dessa disputa, não tem como o time não entrar motivado, apesar de todas as dificuldades que a partida vai apresentar.

Qualquer jogador que vai atuar no Grêmio logo descobre que não estará em Porto Alegre sem maiores compromissos. Aprendi isso logo no meu primeiro jogo, em Vacaria (contra o Glória, pelo Gauchão de 1989). O centroavante deles me deu duas entradas fortes. Na terceira, pensei comigo: não vim aqui passar férias. E tratei de me impor (risos). É esse espírito que será importante na decisão. Hoje, não estou escalado para atuar como comentarista. Mas estarei aqui, no Rio, torcendo à distância".


Pingo, capitão do time bicampeão de 1994
"Vivi dois anos muito bons aí. Em 1993, fomos vice-campeões da Copa do Brasil. Perdemos para o Cruzeiro e fiz o nosso gol na segunda partida (2 a 1 para o time mineiro, no Mineirão). Em 1994, com Felipão, fomos campeões. Tenho acompanhado o Grêmio sempre. Também observo o Atlético-PR, que é um time bem certinho. Mas o Grêmio sempre teve uma característica de superar dificuldades.

É uma coisa natural esse aguerrimento. E sei que as coisas permanecem assim até hoje. Conta com uma torcida maravilhosa e com um treinador que tem a cara do clube. Essas coisas ajudam muito em decisões. Em 1994, nossa equipe contava com jogadores formados em casa. Hoje, é um pouco diferente, há mais jogadores de nível internacional, mas eles também incorporaram o espírito gremista. Acho que a Arena também vai ajudar. Ela ficou com a cara do Grêmio. Estou louco para conhecê-la. Mando energias positivas aqui de longe".


Mauro Galvão, capitão do time tricampeão de 1997
"Apesar da derrota no primeiro jogo, em Curitiba, a decisão ainda está em aberto. E, como o jogo será na Arena, acredito que a participação da torcida será decisiva. Algo parecido com a final do Brasileirão de 1996 (Grêmio e Portuguesa, no Olímpico). Vínhamos de uma derrota por 2 a 0 em São Paulo e a coisa não era nada simples. Naquela tarde, a torcida nos deu uma energia e uma confiança que foram muito importantes para a virada.

Lembro que a direção providenciou bandeirinhas azuis para todos os torcedores, foi maravilhoso. Quando o jogador não vê o estádio participar, sente que tudo será muito mais difícil. Só que não é só a questão do ambiente. Também será preciso superação dentro de campo. É preciso atenção para não sofrer um gol, para não perder a vaga na final no saldo qualificado. Todo o cuidado é pouco. O Atlético-PR é um time experiente".


Zinho, capitão do time tetracampeão de 2001
"O Grêmio tem tradição de reverter situações difíceis. Em 2001, perdíamos por 2 a 0 o primeiro jogo e chegamos aos 2 a 2. Depois, fomos para a decisão no Morumbi. Até hoje, não tive emoção maior. Fomos campeões na casa deles, no dia do meu aniversário, fiz um dos gols (vitória por 3 a 1). Quando chegamos em Porto Alegre, desfilamos no carro do Corpo de Bombeiros e mais de 10 mil pessoas me homenagearam cantando o Parabéns a Você dentro do Olímpico.

O time deste ano tem elenco e um belíssimo estádio, que consegue ser ainda melhor do que o Olímpico e com certeza estará lotado. A torcida gosta dessa competição. Gosta até mais do que do Brasileirão, por causa do mata-mata. Nós, do Santos, chegamos aí em vantagem na primeira fase e vimos o Grêmio reverter. O cenário é muito propício. O Atlético-PR tem um bom time, com boa postura tática, mas pode ser vencido. Estou confiante".

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