sábado, 2 de novembro de 2013

Jogador por jogador: a comparação entre o Grêmio da Copa do Brasil 2012 e 2013 Com Renato no lugar de Luxa, só Pará, Werley, Souza e Kleber são os jogadores remanecentes

Jogador por jogador: a comparação entre o Grêmio da Copa do Brasil 2012 e 2013 Montagem sobre fotos de Lucas Uebel/Grêmio e Diego Vara/
Barcos x Marcelo Moreno: o boliviano em 2012 estava em melhor fase que o argentino neste ano Foto: Montagem sobre fotos de Lucas Uebel/Grêmio e Diego Vara
Adriano de Carvalho
Disputando pelo segundo ano consecutivo a semifinal da Copa do Brasil, o Grêmio vai encarar a decisão contra o Atlético-PR nesta quarta, na Arena, com uma equipe bem diferente da que foi eliminada pelo Palmeiras de Felipão - que acabou levantando a taça em 2012.

Relembre a decisão de 2012:
Grêmio luta, só consegue o empate e acaba eliminado da Copa do Brasil

Do time titular de Luxemburgo que empatou em 1 a 1 com os paulistas na Arena Barueri no jogo de volta, só quatro jogadores devem iniciar contra os paranaenses: Pará, Werley, Souza e Kleber. A equipe de Renato também exibe uma formação diferente em relação ao antigo 4-4-2 com meio-campo em losango.

Embora o time tenha se consolidado no Brasileirão com o 3-5-2 com três zagueiros e três volantes, é o 4-3-3 que deve ser utilizado no jogo decisivo, com o retorno do trio de ataque formado por Vargas, Kleber e Barcos. Confira abaixo a comparação entre o Grêmio de Luxa em 2012 e o de Renato em 2013:

Qual o melhor Grêmio: o de 2012 ou de 2013?
Victor x Dida - Victor, que mais tarde seria vendido ao Atlético-MG e seria decisivo na conquista da Libertadores, era contestado pelo rendimento irregular na metade de 2012. Dida, que começou 2013 sob desconfiança, conquistou a torcida com atuações que lembravam seus tempos de Milan e com os pênaltis defendidos contra o Corinthians que garantiram a classificação para a semifinal da Copa do Brasil.

Edilson x Pará - Se equivalem pela irregularidade e nunca foram unanimidade junto aos torcedores. Enquanto Edilson, que agora está no Botafogo, apresentava mais técnica em cruzamentos e na bola parada naquele time de Vanderlei Luxemburgo, acabava pecando onde Pará é um pouco melhor na equipe de Renato: na recomposição defensiva, na disciplina tática e no poder de marcação.

Werley (2012) x Werley (2013) - Em uma comparação entre o Werley trazido por Luxemburgo do Atlético-MG e o deste ano, que forma o trio de zagueiros ou atua ao lado de Rhodolfo ou Bressan no time de Renato, as atuações mais seguras ocorreram em 2012. Então recém-chegado de Minas Gerais, o defensor cresceu ao formar dupla de zaga com o experiente Gilberto Silva. Em 2013, por vezes, comete erros infantis.

Gilberto Silva x Rhodolfo - Pentacampeão do Mundo em 2002 como volante, Gilberto Silva, agora no Atlético-MG, foi efetivado como zagueiro por Luxemburgo após atuar improvisado com Celso Roth. Embora tivesse bom poder de desarme, pecava pela lentidão. Com Rhodolfo, o Grêmio tem mais segurança por baixo e no jogo aéreo. Foi também pelo defensor contratado ao São Paulo que o 3-5-2 de Renato deslanchou.

Pará x Alex Telles - De cara, percebe-se que é uma comparação injusta. Pará foi improvisado por Luxemburgo na lateral esquerda para "quebrar um galho" após grave lesão no joelho de Julio Cesar, o então titular. Alex Telles, contratado junto ao Juventude no início deste ano, se afirmou após a saída de André Santos e virou peça fundamental. É considerado uma das principais revelações do Grêmio em 2013.

Fernando x Souza - Em 2012, Fernando, que agora está no Shakhtar, da Ucrânia, teve seu melhor ano no Grêmio. Além de ser um volante com grande qualidade no desarme e na marcação, notabilizou-se pela precisão nos arremates e na bola parada. Souza, em 2013, foi fixado por Renato na primeira função do meio-campo. Assim, faz um papel mais defensivo e deixa Ramiro e Riveros com as tarefas de ataque.

Souza x Ramiro - Atuando pela direita no meio-campo de Luxemburgo, Souza teve bom rendimento em 2012. Ajudava na marcação e também entrava na área adversária, dava assistências e marcava seus golzinhos (fez três). Ramiro, contratado ao Juventude, com Renato, virou o motorzinho do time. Se destaca pela marcação intensa em campo, pelos bons lançamentos, e se firmou como peça fundamental no 3-5-2.

Léo Gago x Riveros - Titular da seleção paraguaia, Riveros chegou ao Grêmio no meio do ano, contratado junto ao Kayserispor, da Turquia, e logo virou uma das referências do time de Renato. É destaque pela raça ao desarmar, mas também apresenta boa técnica no ataque e no jogo aéreo. Léo Gago, agora no Palmeiras, tinha como principal trunfo seu chute forte em cobranças de falta. Mas não deixou saudades entre os torcedores.

Marco Antonio x Vargas - Outra comparação ingrata. Eduardo Vargas é jogador de seleção. Marco Antonio, não. Embora as funções sejam diferentes, o meia, que agora está no Atlético-PR, colecionou atuações apagadas e nunca conseguiu se firmar no Grêmio. O chileno, com futebol exuberante quando defende seu país, tem grande velocidade e técnica no controle de bola e nos arremates. O que gera preocupação nos adversários.

Kleber (2012) x Kleber (2013) - O Kleber de 2013 é muito melhor do que o que foi atormentado por repetidos problemas em 2012. O Gladiador iniciou bem o ano passado, mas ficou muito tempo afastado por lesões nos dois tornozelos, e não conseguiu retomar seu bom nível de jogo. Agora, no time de Renato, ganhou a confiança do treinador, virou titular absoluto e desempenha importante função tática no ataque tricolor.

Marcelo Moreno x Barcos - No Grêmio de 2012, Marcelo Moreno foi o grande artilheiro: 22 gols. Preterido no início do ano após a chegada de Barcos, o boliviano se transferiu para o Flamengo e desafiou os ex-colegas a igualarem sua marca neste ano, o que ninguém ainda conseguiu. O Pirata, que prometeu anotar 28, fez 12 com a camisa tricolor. No time de Renato, o argentino pensa antes em marcar os adversários e depois em fazer gols.

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