Às 16h do próximo domingo o Grêmio recebe o Flamengo, e os torcedores prometem protestar com faixas e músicas ensaiadas contra o ex-jogador do clube, considerado pelos tricolores duplamente "traidor".
Os dirigentes esperam que a revolta contra Ronaldinho Gaúcho não passe disso: faixas e músicas. O presidente Paulo Odone chegou a falar em "civilidade", ao pedir que nenhum protesto coloque em risco os profissionais do Flamengo. Outra preocupação é com o Estádio Olímpico: o clube tenta evitar que um eventual arremesso de objetos no gramado leve à interdição do local.
Nesta semana o diretor-administrativo Luiz Moreira reuniu-se com representantes das principais torcidas organizadas, e também da barra-brava, reiterando a preocupação com os protestos. Dos encontros com os líderes o dirigente saiu com uma espécie de "pacto de civilidade" - todos comprometeram-se a cumprir com o pedido, evitando hostilidades físicas.
São esperados entre 38 e 40 mil torcedores no Olímpico. Por enquanto, os ingressos estão à venda para sócios no site do clube. Até o final da tarde desta terça-feira os gremistas haviam adquirido 4 mil entradas das 19 mil à disposição - o restante do estádio será ocupado por sócios.
Se os 19 mil ingressos não se esgotarem, a comercialização nas bilheterias será aberta sexta-feira. A diretoria pede que os sócios agilizem o processo e realizem a compra pelo site durante a semana, evitando filas e tumultos no dia do jogo.
Na área dos protestos, os idealizadores da faixa com a inscrição "Pilantra" já venderam 300 unidades, e encomendaram outras 300 tamanha a demanda. Torcedores também pretendem cantar a música "Vou Festejar", da sambista Beth Carvalho - um vídeo com imagens de Ronaldinho e esta trilha circula em blogs de tricolores. O refrão é sugestivo:
- Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão.
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