sexta-feira, 17 de maio de 2013

Grêmio terá que adequar orçamento após queda na Libertadores Após fortes investimentos no começo da temporada, Tricolor deve reformular elenco

Passados cinco meses, 2013 se transformou de ano promissor em objeto de preocupação para o Grêmio. Eliminado da Libertadores na quinta-feira pelo Santa Fe, em Bogotá, o clube passa a ter no horizonte apenas competições nacionais _ Brasileirão e Copa do Brasil — e precisa adequar seu orçamento à nova realidade financeira.

No balancete do primeiro trimestre, um prejuízo de R$ 28 milhões precisa ser recuperado até o final do ano. Além da exigência de uma renegociação do contrato da parceria com a OAS, a cúpula gremista já fala abertamente em uma reformulação no elenco para reduzir custos. Apenas nos três primeiros meses do ano foram investidos R$ 27,3 milhões em pagamentos de salários, mais R$ 9 milhões na compra de direitos econômicos. Para piorar, dos R$ 50 milhões aos teria direito a receber da TV nesta temporada, R$ 44 milhões já foram antecipados.

— A eliminação acarreta preocupações financeiras — admite o presidente Fábio Koff. _ Tínhamos estimativa de obter uma receita maior com a Libertadores, com o prêmio da competição e com o torcedor. Afeta, para pior — emendou o dirigente.

Enquanto não chega a um acordo com a OAS, terá de viver sem as receitas de bilheteria, camarotes, publicidade e ainda tendo de repassar à Arena Porto-Alegrense R$ 42 milhões para o seu associado poder assistir aos jogos do clube no novo estádio. A dívida de curto prazo (com necessidade de quitação em até um ano) aumentou de R$ 86 milhões do último trimestre de 2012 para R$ 135 milhões nos primeiros três meses da atual temporada, fato que preocupa o presidente da Comissão de finanças do Conselho Deliberativo do Grêmio, Donato Hubner.

— Uma preocupação do Conselho que foi exposta na última reunião é que houve um aumento substancial nas dívidas a curto prazo — afirmou.

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