Passados cinco meses, 2013 se transformou de ano promissor em objeto de
preocupação para o Grêmio. Eliminado da Libertadores na quinta-feira
pelo Santa Fe, em Bogotá, o clube passa a ter no horizonte apenas
competições nacionais _ Brasileirão e Copa do Brasil — e precisa adequar
seu orçamento à nova realidade financeira.
No balancete do
primeiro trimestre, um prejuízo de R$ 28 milhões precisa ser recuperado
até o final do ano. Além da exigência de uma renegociação do contrato da
parceria com a OAS, a cúpula gremista já fala abertamente em uma
reformulação no elenco para reduzir custos. Apenas nos três primeiros
meses do ano foram investidos R$ 27,3 milhões em pagamentos de salários,
mais R$ 9 milhões na compra de direitos econômicos. Para piorar, dos R$
50 milhões aos teria direito a receber da TV nesta temporada, R$ 44
milhões já foram antecipados.
— A eliminação acarreta
preocupações financeiras — admite o presidente Fábio Koff. _ Tínhamos
estimativa de obter uma receita maior com a Libertadores, com o prêmio
da competição e com o torcedor. Afeta, para pior — emendou o dirigente.
Enquanto
não chega a um acordo com a OAS, terá de viver sem as receitas de
bilheteria, camarotes, publicidade e ainda tendo de repassar à Arena
Porto-Alegrense R$ 42 milhões para o seu associado poder assistir aos
jogos do clube no novo estádio. A dívida de curto prazo (com necessidade
de quitação em até um ano) aumentou de R$ 86 milhões do último
trimestre de 2012 para R$ 135 milhões nos primeiros três meses da atual
temporada, fato que preocupa o presidente da Comissão de finanças do
Conselho Deliberativo do Grêmio, Donato Hubner.
— Uma preocupação
do Conselho que foi exposta na última reunião é que houve um aumento
substancial nas dívidas a curto prazo — afirmou.
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