domingo, 12 de maio de 2013

Avalanche, cantos e até buzina de caminhão: é a torcida do Santa Fe




Uma panela de pressão aguarda o Grêmio quinta-feira. No sábado, quando apenas nove mil torcedores compareceram ao El Campín para ver o Santa Fe obter uma apertada vitória por 4 a 3 contra o Boyacá Chicó, já foi possível perceber como é participativa a torcida local. Até mesmo o som estridente de buzinas de caminhão é usado para incentivar os jogadores. E também para tirar a concentração do adversário quando ele vai ao ataque. Não falta nem mesmo a avalanche dos gols.



São inúmeras torcidas organizadas espalhadas pelas cerca de 40 mil acomodações do estádio. Leones Rojos, Tanta Fe, que faz uma brincadeira com o nome do time, La Banda del Glorioso e La Banda del Expresso são as mais participativas. Os cantos lembram os usados pela torcida gremista, cuja inspiração, se sabe, vem da Argentina.



Não houve silêncio nem mesmo quando o Boyacá Chicó, cujo lateral direito é Bustos, de passagem pela dupla Gre-Nal, saiu de um placar adverso de 4 a 1 e passou a empilhar gols, até quase obter o empate. Na hora de pânico, a torcida abriu o som da buzina de caminhão, reproduzido em cornetas, aqui chamadas de clacson, para atordoar os atacantes.



Proibida na Arena desde o dia 30 de janeiro, quando um grupo de oito torcedores despencou no fosso depois do gol de Elano contra a LDU, do Equador, a avalanche é feita a cada gol do Santa Fe. Como havia pouca gente no estádio sábado, ela foi um pouco desajeitada. Mas poderá crescer na quinta-feira, se o time local conseguir furar o sistema defensivo do Grêmio.



O espetáculo visual é completado por belas dançarinas, que se apresentam dentro do campo no intervalo, e ficam saltitando à beira do gramado quando o jogo está andando. Vestem minúsculas saias e blusas com o vermelho e branco que caracteriza o Santa Fe.



A previsão é de pelo menos 39 mil pessoas no El Campín. Trinta mil pagam ingressos. Os outros nove mil são torcedores aposentados e têm direito a entrar de forma gratuita. No sábado, só restavam cerca de 20% de bilhetes para serem vendidos.



O time apresentou defeitos defensivos. Chegou a ser criticado pelo próprio treinador, Wilson Gutiérrez, por ter se acomodado quando fez o quarto gol e achou que a partida já estivesse vencida. Pode ter caído no embalo da torcida, que passou a gritar olé a cada troca de passe, por entender que o adversário já estava batido.

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