domingo, 5 de maio de 2013

Com 32 olheiros, Grêmio contrata argentino e abre base a estrangeiros


Contratar um argentino, ter outros dois em fase de testes e ainda ter liberado um ganês fazem parte da nova filosofia das categorias de base do Grêmio. Com 32 olheiros espalhados pelo mundo, a gestão do presidente Fábio Koff deseja investir na formação de novos talentos independentemente dos resultados de campo. É aquela lógica: é mais importante ceder atletas ao profissional do que empilhar títulos nas categorias inferiores.



Tudo passa por uma rede complexa de colaboradores, um extenso banco de dados com informações de possíveis talentos e parcerias com clubes de fora do país. Não é à toa que as próximas metas são trazer um europeu, especialmente italiano por ter hábito de atuar no sistema de duas linhas de quatro, e um asiático, afinal, é um mercado em evolução.



- Não estamos trazendo jogadores por trazer. Tem que ter qualidade. Abrimos mão do resultado para isso. É um ganho cultural para nossos atletas, convivência tática e técnica - explica o diretor executivo da base tricolor, Júnior Chávare, ex-representante do Juventus no Brasil.



Claudio Gaona, 18 anos, meia, argentino, descoberto em um projeto social em Buenos Aires foi o primeiro a ser contratado. Após um período de testes, no qual chegou a ser literalmente escondido no Olímpico, assinou contrato. Nicolas Minutella, 18, volante, resultado de uma parceria com o Newell's Old Boys, e Robertino Canavesio, 19, zagueiro, deixou o Parma, da Itália, por não conseguir passaporte europeu, estão sendo avaliados. Mas por qual razão estes novatos querem o Brasil?





Júnior Chávare é o diretor executivo da base

(Foto: Rodrigo Fatturi/Grêmio FBPA)- É um mercado bom por vários motivos. Condição econômica, Copa do Mundo, as novas arenas... os estádios servem para chamar atenção. Além de ser um país receptivo naturalmente, acolhedor. Temos ainda as melhores condições de preparação física, recuperação e fisioterapia - completa Chavare.



Quem não teve a mesma sorte foi o atacante ganês Simeah Feliz, 18, que não conseguiu superar as dificuldades de adaptação, especialmente o idioma. Depois de três semanas, voltou ao país de origem.



A busca por talentos fora do Brasil foi uma promessa de campanha de Fábio Koff. Na época de apresentação do projeto, o seu grupo chegou a lançar a procura por ‘um novo Messi’. É esperar para ver se terão sucesso.



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