segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Koff pede ‘operação profunda’ no Grêmio, mas não pretende voltar

Fábio Koff não pretende, pelo menos por enquanto, ser novamente presidente do Grêmio. Adorado por boa parte da torcida, mas afastado do clube na última década, o dirigente recebe repetidos pedidos para que concorra à sucessão de Paulo Odone no final do próximo ano. Ele não quer.




Embora não descarte a possibilidade, Koff deixa claro que seria um sacrifício. Ele prefere acompanhar a situação de longe, ajudando nos bastidores, se for preciso.



- É minha vontade. Acho que já dei bastante ao Grêmio, que me devolveu mais do que eu poderia dar. É hora de eu usufruir outras coisas e sofrer de longe – disse ele, em entrevista para a Rádio Gaúcha.



Com o desmoronamento do Clube dos 13, Fábio Koff viu um caminho mais livre para retornar ao Grêmio. Por mais que não queira ser outra vez presidente, ele vê necessidade de uma mudança na gestão do clube. Acredita que está tudo muito centralizado na figura presidencial.



- Não sou candidato. Se eu fosse, não seria agora. Mas tenho tempo agora para me preocupar com os problemas do Grêmio. Talvez eu possa contribuir. Acho que o Grêmio carece de uma operação profunda no seu conceito de administração, gerenciamento. Tem que diminuir o poder central – opinou.



Koff se mostra preocupado com a força do atual grupo situacionista no Conselho Deliberativo do clube. Na visão dele, a hegemonia impede mudanças no clube.



- Ocorreu um processo eleitoral no Grêmio, que me afastou da situação. Isso ocorreu na eleição do Duda Kroeff. No segundo processo, de renovação, eu estava envolvidíssimo. A atual situação logrou colocar 200 e tantos conselheiros. É inviável qualquer reforma estatutária com esse conselho. Acho que é um processo natural, mas esse sistema deve mudar.



Fábio Koff tem 80 anos. Ele comandou o Grêmio de 1982 a 1983 e de 1993 a 1996. Além do Mundial, foi duas vezes campeão da Libertadores pelo clube.

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