(Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Uma tradição em anos de Libertadores pode estar com os dias contados no Grêmio. Com a liberação de Braian Rodríguez para procurar outro clube, o Tricolor deu mais um passo para ficar sem estrangeiros no elenco. A saída do também uruguaio Maxi Rodríguez, que negocia com o Nacional-URU, deve decretar o fim do sotaque castelhano na Arena após cinco anos.
Contratado junto ao Bétis em março de 2015, Braian marcou apenas dois gols em 27 jogos com a camisa tricolor e acabou o ano arquivado por Roger Machado. O atacante uruguaio deve se reapresentar com o restante do elenco na próxima quarta-feira, mas já foi avisado pelo executivo Rui Costa que não será aproveitado em 2016.
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Maxi Rodríguez, que chegou com o status de promessa em 2013, também decepcionou. Sem nunca se firmar no time, foi emprestado ao Vasco e à Universidad de Chile antes de regressar, no segundo semestre do ano passado. Atuou por 217 minutos em 11 partidas e marcou um único gol. A direção diz que ainda não foi procurada oficialmente pelo Nacional, mas vê com bons olhos um novo empréstimo do jogador, cujo vínculo com o clube vai até meados de 2017.
Os uruguaios são os dois remanescentes de um elenco que chegou a contar com cinco estrangeiros ao mesmo tempo em 2015: os dois mais o argentino Matías Rodríguez, o equatoriano Erazo e o uruguaio Cristian Rodríguez. O argentino Barcos e o boliviano Marcelo Moreno iniciaram a debandada em fevereiro, ambos negociados com o futebol chinês. Com cartaz de jogador de seleção, Cebolla chegou em março e saiu em maio, sem ter completado 90 minutos em campo.
Em 2016, é provável que o Grêmio quebre a tradição e não conte com nenhum estrangeiro na busca pelo tricampeonato, em sua 16ª participação no torneio sul-americano. O elenco 100% verde-amarelo, todavia, não é por convicção. A direção tentou a contratação do argentino Lucas Zelarayán, do Belgrano, e do paraguaio Fernando Fernández, do Guaraní, mas perdeu a disputa para o Tigres, que colocou mais dinheiro na mesa e abocanhou os dois jogadores.
Além da concorrência com o rico futebol mexicano, o cenário de crise econômica também dificulta a busca por talentos no mercado sul-americano. A desvalorização do real frente ao dólar tornou cara demais e inviabilizou a transferência de muitos jogadores latinos para o futebol brasileiro. Especialmente os argentinos, que fazem questão de receber na moeda americana.
De volta ao Grêmio no segundo semestre de 2015, Maxi desaprovou (Foto: Eduardo Deconto/GloboEsporte.com)
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