Grêmio repudia cantos da torcida sobre morte de Fernandão: "Gentalha"

Depois de muita comoção e homenagens a Fernandão, morto em acidente de helicóptero no interior de Goiás, no dia 7 de junho, o futebol ainda é obrigado a conviver com aqueles que não demonstram respeito mesmo diante da morte. No último domingo, antes do Gre-Nal no Beira-Rio, alguns gremistas entoaram gritos de “Fernandão morreu” nas arquibancadas do estádio para ironizar a perda de um dos maiores ídolos da história do rival. Gritos que ainda ecoam - de maneira negativa - no dia seguinte ao clássico. Uma atitude lamentável que é repudiada de forma veemente pelo clube
Em entrevista ao GloboEsporte.com, o vice-presidente do Grêmio Nestor Hein faz questão de separar a instituição Grêmio das manifestações do grupo de torcedores. O dirigente reiterou o apoio ao Inter e à família do ex-atacante e criticou duramente o ato.
- Só uma pessoa que não tenha nenhum valor, um aleijado moral, vai ironizar a morte de alguém. Ainda mais o Fernandão, que foi um atleta exemplar, uma grande pessoa, que, claro, ganhou vários Gre-Nais contra o Grêmio. Fosse o que fosse. Debochar da morte é ato de quem não tem nenhuma civilidade. São uns tarados que saíram de casa. É lamentável. O Grêmio esteve solidário com a dor da família. Com a perda do ídolo maior. O Grêmio repudia esse tipo de atitude e lamenta profundamente. Foi insalubre. Quem fez isso tem que ser expurgado de ir ao estádio. É uma gentalha - afirmou Hein.Além de vaiar a atitude dos torcedores rivais, os colorados aguardaram o desempenho em campo - vitória por 2 a 0, com gols de Aránguiz e Cláudio Winck - para dar a resposta. Com o triunfo encaminhado, os torcedores comemoraram aos gritos de “olé”. Depois, ainda cantaram “Fica, Felipão. Fica, Felipão” para ironizar a estreia do treinador gremista.
O mau comportamento de alguns gremistas no Beira-Rio ainda trará prejuízos aos cofres do clube. O Grêmio terá de ressarcir ao inter cerca de R$ 7,5 mil, referentes a 25 cadeiras danificadas e uma pia quebrada pelos gremistas durante o clássico.
- Vamos pagar o valor, assim como eles pagam quando os danos são na Arena. Existe um bom relacionamento entre os clubes nesse sentido. Podemos até abrir uma conta-corrente integrada para resolver essas situações - brincou o vice-presidente.