quarta-feira, 29 de junho de 2011

Odone marca reunião e abre possibilidade para saída de Renato Presidente do Grêmio não garante permanência do técnico e convoca dirigentes

A entrevista coletiva de Renato Gaúcho demorou 57 minutos para ter início. Na conversa com os repórteres, o treinador do Grêmio atribuiu o tempo de espera a uma conversa com os dirigentes. Mas deu explicações, após o empate em 2 a 2 com o Avaí no Estádio Olímpico, e fez planos para os próximos jogos. Parecia estar com a situação tranquila no cargo.




Logo depois, entretanto, ingressou na sala de conferências o presidente Paulo Odone. E ele desfez a impressão inicial. Contundente, o dirigente máximo do clube deixou aberta a possibilidade de dispensar Renato Gaúcho, em reunião marcada para a quinta-feira, com os demais integrantes do departamento de futebol.



- Não podemos tomar nenhuma decisão de cabeça quente. Concordo que nós temos de mudar. Mudar essa trajetória, e reverter. Como fazer, e o que fazer, nós vamos decidir amanhã. (...) Amanhã vou conversar com o departamento de futebol, vamos conversar internamente, e vamos tomar algumas decisões. Quais são eu não posso adiantar, mas vamos examinar a visão global disso, e tomar as decisões. Precisamos reverter a situação - disse, para completar:



- Renato é um cara de boa-fé, gremista, apesar das manifestações extemporâneas. Ele fez uma trajetória magnífica no Grêmio desde o ano passado. Mas ele mesmo está vendo que a base do grupo que acertou tanto ano passado está falhando. Os mesmos jogadores estão jogando menos do que podem, como ele mesmo disse, e jogadores essenciais. Ele tirou mais suco do que se esperava ano passado. Isso atinge o ambiente e cria essa expectativa que vocês estão dizendo. Tenho certeza que precisamos mudar, e por isso as decisões precisam ser tomadas amanhã.



Paulo Odone reiterou que a mudança pode ser específica no comando técnico.



- Às vezes o pessoal brinca que não pode mudar todos os jogadores, não pode mudar o presidente, aí muda o treinador. Mas só vamos tomar essa decisão, qualquer decisão, amanhã, em uma mesa blindada. (...) É dificílimo. Tem gente que diz que nunca se contrata quem não se pode demitir. Renato é um ídolo, um ídolo meu. É um ídolo para todos. Mas não é por isso que vai ficar cativo como técnico do Grêmio. Se ele vai ficar mais tempo, menos tempo, não vou me manifestar hoje.

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