Separados pelas circunstâncias, mas unidos pelo objetivo. De encerrar
um incômodo jejum de vitórias. Assim se enfrentam Grêmio e Bahia, a
partir das 17h (horário de Brasília) deste domingo, na Arena, em Porto
Alegre. O Tricolor gaúcho vive momentos decisivos não apenas no
Brasileiro, mas também na Copa do Brasil e, agora, precisará tirar o
foco do mata-mata para se manter ainda perto do líder Cruzeiro. Já o
baiano quer sair das proximidades do Z-4. O embate vale pela 32ª rodada.
O período de seca é o mesmo: quatro jogos para cada lado. Mas o time de
Renato Gaúcho tem os duelos da Copa do Brasil na conta (o que resulta
em duas derrotas e dois empates), enquanto o jejum baiano é só pelo
Brasileiro (três derrotas e um empate).
A missão do Grêmio é tirar o foco da decisão na quarta-feira contra o
Atlético-PR, por vaga à final da Copa do Brasil, em que precisa vencer
por dois gols de diferença. Na terceira colocação do Nacional, com 53
pontos, o Tricolor tenta recuperar a boa fase para evitar a aproximação
do Furacão (52), Goiás (49) e Vitória (47), respectivamente. O líder
Cruzeiro está 12 pontos à frente. Do lado baiano, o técnico Cristóvão
Borges deve mandar a campo uma equipe cautelosa, com três jogadores de
marcação no meio-campo. A estratégia do treinador é jogar fechado,
exercer uma forte marcação sobre os gaúchos e tentar matar o jogo nos
contra-ataques.
O PremiereFC 1 transmite ao vivo para todo o Brasil. O GloboEsporte.com
acompanha em Tempo Real, com vídeos exclusivos, a partir das 16h30m.
Grêmio: Renato deverá mandará a campo força máxima.
Manterá a 'corda esticada' tanto na Copa do Brasil como no Brasileirão.
Com isso, o time deverá ser escalado no 4-3-3, já que o trio de
atacantes está disponível: Dida; Moisés, Rhodolfo, Werley (Bressan) e
Alex Telles; Souza, Ramiro e Riveros; Vargas, Kleber e Barcos.
Bahia: O Tricolor baiano deve ter
cinco mudanças em relação à equipe que enfrentou o Atlético-PR, no
último domingo. Duas são forçadas: o volante Fahel assume a vaga de
Hélder, suspenso, e o atacante Souza entra no lugar de Marquinhos,
machucado. Fernandão volta de suspensão e Obina vai para o banco. Já os
laterais Madson e Raul perderam a vaga por opção de Cristóvão: Fabrício
Lusa e Jussandro devem ganhar oportunidade. O treinador não confirmou a
equipe titular, mas deve mandar a campo Marcelo Lomba; Madson, Lucas
Fonseca, Demerson e Jussandro; Fahel, Feijão e Rafael Miranda; Souza,
Wiliam Barbio e Fernandão.
Grêmio: Pará, expulso contra o Coritiba, está suspenso. Submetido a cirurgia, o zagueiro Gabriel não atua mais na temporada.
Bahia: por questões contratuais,
Wangler não pode entrar em campo diante do Grêmio. Já o volante Hélder
foi expulso no último confronto e agora cumpre suspensão automática. O
meia Marquinhos e o atacante Wallyson estão vetados para o jogo. Ambos
estão em fase de recondicionamento físico, recuperando-se de lesões na
coxa. O lateral Ávine segue em tratamento de uma lesão joelho.
Grêmio: Adriano, Saimon, Vargas e Zé Roberto.
Bahia: Feijão, Jussandro, Obina, Rafael Donato, Titi e William Barbio.
Alicio Pena Júnior (MG) apita o jogo, auxiliado por Nadine Schramm
Bastos (SC) e Marrubson Melo Freitas (DF). O árbitro atuou em nove
partidas deste Brasileiro, sendo duas do Grêmio e uma do Bahia. Ele tem
média de 5,4 cartões amarelos e já exibiu o cartão vermelho em cinco
oportunidades. Pena Júnior marca em média 36,3 faltas por jogo e ainda
não assinalou um pênalti sequer. O campeonato tem média de 4,3 cartões
amarelos e 0,29 cartão vermelho por jogo. Além disso, 67 pênaltis já
foram assinalados e a média de faltas é de 34,7.
Grêmio: Em Brasileirões, o Grêmio
nunca perdeu para o Bahia com o mando de campo. Em dez jogos, foram
quatro vitórias do Grêmio e seis empates com 12 gols do Grêmio e quatro
do Bahia. São duas das cinco equipes que menos finalizações certas
sofreram na competição. O Grêmio tem o quarto melhor desempenho,
permitiu 122 ou 36% do total. Tem o segundo melhor índice de
finalizações sofridas que viraram gol (8%) e a terceira defesa menos
vazada da competição (30 gols sofridos). É a décima equipe mais punida
com cartões (63 amarelos e seis vermelhos) estando na oitava colocação
como equipe que mais faltas cometeu (539), mesmo sendo a quinta que
menos vezes roubou a bola dos adversários (387). No ataque, o Grêmio é a
segunda equipe que menos finalizações fez (313), a terceira que menos
finalizações certas conseguiu (121). Mas é a sexta melhor equipe no
índice de finalizações que viraram gol (11,5%). O ataque do Grêmio é o
menos flagrado em impedimentos (45) e enfrentará a nona equipe que menos
deixou adversários impedidos (57).
Bahia: É a quinta equipe que menos sofreu finalizações
certas (126 ou 34,8% do total), mas o 11º melhor índice de finalizações
sofridas que viraram gol (10,2%). A décima equipe que menos gols sofreu
(39). É a segunda equipe mais punida com cartões (86 amarelos e seis
vermelhos) e a terceira que mais faltas fez (599), apesar de ser a
oitava que menos vezes roubou a bola de adversários. No ataque, é a
quinta equipe que menos finalizações fez (346), a nona que menos
finalizações certas conseguiu (133) e tem o sétimo pior índice de
finalizações que viraram gol (9,2%). O ataque do Bahia é o terceiro
menos flagrado em impedimentos (49) e enfrentará a quarta equipe que
menos deixou adversários impedidos (48).

Foi com boa dose de polêmica o último confronto entre Grêmio e Bahia em
solo gaúcho, em 5 de agosto de 2012. No velho Olímpico, à espera da
implosão. O Bahia deixou o gramado reclamando de três lances: pênalti
sobre Kleber, gol anulado e o tento que recolocou o time de Luxa à
frente, pedindo impedimento. O então presidente do Bahia, Marcelo
Guimarães Filho, chegou a chamar o árbitro Claudio Francisco Lima e
Silva de “descarado”, entre outros xingamentos mais fortes. O certo é
que deu Grêmio, 3 a 1, gols de Elano, Souza e Marcelo Moreno. Fahel
descontou.
Veja a ficha do jogo no futpédia.