domingo, 21 de junho de 2015

Após acordo com bancos, Grêmio estrutura nova gestão da Arena Direção projeta para setembro uma espécie de reinauguração do estádio

Após acordo com bancos, Grêmio estrutura nova gestão da Arena Omar Freitas/Agencia RBS
Foto: Omar Freitas / Agencia RBS
O Grêmio já conta com o aval dos três bancos repassadores do financiamento do BNDES para concretizar a compra da Arena. Em fase de confecção da minuta de contrato, a direção projeta para setembro, mês do aniversário de 112 anos, uma espécie de reinauguração de sua casa no Humaitá.

Para que Banrisul, Santander e Banco do Brasil concordassem com a transferência da gestão, o clube se comprometeu a reativar a Grêmio Empreendimentos (GE) para assumir a administração do estádio.

Sem operar desde 2013, quando o conselheiro Eduardo Antonini entregou o cargo de presidente, a empresa passou por recente auditoria para comprovar aos bancos a inexistência de débitos. Assim, a GE terá plena autonomia para administrar o estádio - em substituição à Arena Porto-Alegrense, que é controlada pela OAS.

A ideia da direção do Grêmio é fazer da nova gestora uma captadora de recursos. Além de uma campanha de sócios, para ampliar a receita do quadro social para R$ 10 milhões mensais, a GE terá um setor dedicado a atrair eventos (pequeno, médio e grande porte) e novos parceiros comerciais e publicitários. O clube também deseja otimizar a operação da Arena em jogos de menor expressão, diminuindo o custo para abrir os portões.

Até por isso, a empresa terá gestão profissionalizada - sem ligações com a direção de futebol. Segundo fontes ligadas ao presidente Romildo Bolzan, quase todo o quadro de funcionários da Arena Porto-Alegrense será absorvido pela GE. Assim, o clube aproveitará o conhecimento de operação acumulado em quase três anos de funcionamento do complexo.

Para ter a gestão da Arena, o Grêmio vai assumir o pagamento dos R$ 170 milhões restantes do financiamento do BNDES. Além disso, entregará a área do Olímpico em definitivo à OAS.

Os bancos entendem que as garantias oferecidas pelo clube, como as receitas de quadro social, bilheterias e direitos de TV, são mais seguras do que os bens da construtora, que entrou recentemente em recuperação judicial em meio às denúncias da operação Lava Jato.

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