terça-feira, 29 de julho de 2014

O Poderoso Chefão: parte III Títulos e resgate da alma tricolor: veja como foram as passagens de Felipão pelo Grêmio Scolari assume o clube pela terceira vez, após sucessos nos anos de 1987 e 1993 a 1996

Títulos e resgate da alma tricolor: veja como foram as passagens de Felipão pelo Grêmio BD/Zero Hora
Em 1987, Felipão desembarcou no Olímpico com Celso Roth como preparador físico Foto: BD / Zero Hora
Felipão desembarca pela terceira vez em Porto Alegre para assumir o clube de seu coração. Ele será o técnico do Grêmio após 18 anos.
Em 1996, deixou o Tricolor com os títulos da Libertadores, do Brasileirão, da Copa do Brasil e da Recopa Sul-Americana, além de três campeonatos gaúchos, conquistados em 1995 e 1996 e também em sua primeira passagem, em 1987. Agora, busca recuperar a hegemonia nas duas principais competições nacionais.
Como Koff convenceu Felipão a retornar para o Grêmio
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Relembre os principais momentos do novo treinador da Era Arena nos cerca de quatro anos de Estádio Olímpico:  
3 de junho de 1987 — Anúncio da contratação pela primeira vez
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No dia 3 de junho de 1987, aos 38 anos, Luiz Felipe Scolari assumiu o Grêmio pela primeira vez. Ele substituiu o uruguaio Juan Martín Mugica, que dirigiu o Tricolor por apenas três meses, e chegou reforçando seu estilo:
— Já fizemos o primeiro coletivo e colocamos algumas coisas na palestra e no campo. Vamos aos poucos buscar um melhor padrão de jogo ao Grêmio.
19 de julho de 1987 — Gre-Nal da final do Gauchão
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Um mês e meio após assumir, Felipão comandou o time na conquista do tricampeonato gaucho com uma vitória por 3 a 2, no Gre-Nal 289, no Olímpico. Lima, duas vezes, e Jorge Veras furaram as redes de Taffarel.
10 de dezembro de 1987 — Demissão do clube
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Apesar do título gaúcho daquele ano, o insucesso na Copa União rendeu a demissão de Felipão do Grêmio. O então presidente Paulo Odone rescindiu seu contrato e do preparador físico Celso Roth, além de promover uma renovação no vestiário. O treinador chegou a admitir responsabilidade pela saída precoce:
— É natural que existam desavenças num grupo de trabalho, e eu sou culpado por não resolver isso.
16 de agosto de 1993 — A volta
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Assim como em 1987, Felipão assumiu o clube em meio a uma crise. O substituído da vez foi Cassiá. Nesta oportunidade, porém, vinha de bons trabalhos no Juventude e no Brasil de Pelotas, além do título da Copa do Brasil pelo Criciúma. Seu anúncio foi às vésperas de uma excursão pela Itália e pela Espanha, e o discurso era apaziguador.
— Teremos muito diálogo — afirmou à época.
10 de agosto de 1994 — Conquista da Copa do Brasil contra o Ceará
Grêmio e Felipão conquistaram sua segunda Copa do Brasil em 1994. Contra o Ceará, Nildo marcou o gol do título, no Olímpico, e garantiu o trofeu.
10 de novembro de 1994 — Koff banca Felipão
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Torcida e Felipão não viviam uma relação tão íntima, apesar da conquista da Copa do Brasil. O mau desempenho no restante da temporada gerou contestações, que o presidente Fábio Koff se apressou em conter com um discurso quase premonitório:
— Ele faz parte dos grupo de profissionais que trabalhará no projeto de vencer a Libertadores do próximo ano — disse, e venceu.
17 de dezembro de 1994 — Revés com goleada em Gre-Nal
A maior derrota da carreira de Felipão todos sabemos qual foi. Mas uma em Gre-Nal é especialmente amargurada pelo treinador. Em 1994, o Grêmio, já campeão da Copa do Brasil, enfrentou o Inter no apagar das luzes da temporada pelo Gauchão com time misto. Os dois gols de Leto e de Leandro massacraram a equipe do Olímpico, e nem o golaço de Ayupe, em cobrança de escanteio, minimizou a derrota.
21 de junho de 1995 — Derrota em casa na final da Copa do Brasil
Na terceira final consecutiva, o Grêmio amargou a derrota em casa para o Corinthians de Marcelinho Carioca por 1 a 0. O trabalho do treinador, no entanto, foi reconhecido pela torcida, que o aplaudiu, já que ainda estava na disputa da Libertadores daquele ano.
13 de agosto de 1995 — Grêmio vence Gre-Nal com Banguzinho
O discurso da direção naquela temporada era reconquistar a Libertadores após 12 anos e ir ao Japão mais uma vez. Os campeonatos nacionais e regionais ficaram em segundo plano — mas nem tanto. Com um time reserva, apelidado de Banguzinho, o Grêmio conquistou o Gauchão após derrotar o Inter, no Olímpico — gols de Nildo e Carlos Miguel.
30 de agosto de 1995 — Libertadores, o maior título de Felipão pelo Grêmio
A bomba de Dinho no pênalti sofrido por Alexandre no Estádio Atanasio Girardot, em Medellín, na Colômbia, deu a Felipão sua maior conquista pelo Grêmio. O título consolidou o estilo rigoroso e disciplinado do treinador, que conseguiu feitos como um 5 a 0 no Palmeiras naquela Libertadores.
28 de novembro de 1995 — Grêmio cai de pé ante o Ajax
A aplicação do Grêmio, em Tóquio, na final do Mundial Interclubes de 1995, foi elogiada até mesmo pelo técnico do Manchester United e ex-seleção holandesa Louis Van Gaal. O treinador assumiu, em entrevista durante a Copa, que o Ajax treinado por ele foi superado em campo naquela ocasião e por pouco não perde o título. Após o 0 a 0 no tempo regulamentar e a derrota nos pênaltis, o time de Felipão retornou ao Brasil e foi ovacionado pela torcida.
7 de abril de 1996 — Grêmio goleia na Recopa
A Recopa, em 1996, reunia o campeão da Libertadores e o campeão da Supercopa — na ocasião, o Independiente, da Argentina. Em jogo único, em Kobe, no Japão, Jardel, Paulo Nunes, Adílson e Carlos Miguel atropelaram o time de Mondragón, Cagna e Burruchaga por 4 a 1. Isto que, antes da partida, Felipão demonstrava apreensão com o atacante Calderón:
— É um jogador muito perigoso, que merece atenção especial da nossa defesa — afirmou na véspera.
15 de dezembro de 1996 — Campeonato Brasileiro à la Felipão
Ainda no sistema de mata-mata, o Grêmio conquistou o Campeonato Brasileiro em 1996 ao estilo de Felipão em vários fatores. Após se classificar em 6º lugar, o Tricolor eliminou Palmeiras e Goiás na fase final e chegou à decisão contra a Portuguesa com a vantagem de dois resultados iguais. Perdeu fora por 2 a 0 e venceu em casa pelo mesmo placar. Na época, demonstrava estar no patamar dos melhores treinadores do país com características que iam além da motivação. Naquele time, por exemplo, montava a equipe já no 4-2-3-1, com Paulo Nunes flutuando no ataque que já não tinha mais Jardel.
18 de dezembro de 1996 — Rumo ao Japão
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A segunda despedida de Felipão não teve nada a ver com a primeira. Após conquistar o Brasileirão e encerrar um ciclo vencedor pelo Grêmio, Scolari rumou ao Japão para comandar o Júbilo Iwata a partir de janeiro. Com ele, embarcaram o zagueiro Adilson, o preparador físico Paulo paixão e o preparador de goleiros Célio Maciel.

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