Para onde o torcedor do Grêmio vai direcionar o seu olhar na inauguração da Arena, dia 8 de dezembro, daqui a exato um mês? Obviamente, a tendência é de que mire o gramado, cheio de atrações artísticas e a partida amistosa contra o Hamburgo. No entanto, o campo terá um adversário de peso. Ou melhor dois. Em fase final de instalação, a dupla de telões vinda diretamente dos Estados Unidos promete ser um show à parte.
A fabricante é a mesma que produziu o maior telão do mundo em HD, localizado no estádio do Dallas Cowboys, na cidade de Dallas, onde o Brasil jogou amistoso com o México, em junho. A peça gigante nos Estados Unidos tem 1072 m². Cada um dos telões da Arena tem 96,4 m², espaço superior a alguns apartamentos, e pesa 5 toneladas. Estão sendo alojados atrás dos gols.
- Não tem igual no Brasil - explica Eduardo Martins, executivo da gerenciadora das obras.
O processo de montagem dos módulos começou há cerca de uma semana foi concluído nesta terça-feira. O "modus operandi" exigiu, inclusive, a construção de uma plataforma provisória de madeira nas arquibancadas para o içamento das 15 placas que compõem cada estrutura. A intenção é testar a imagem até quarta-feira. O aparelho só voltará a ser ligado novamente apenas no próximo dia 20.
Em uma das ações associadas aos telões, o torcedor poderá ir ao Memorial (que ocupará dois pisos do Setor Oeste) e brincar de fazer gols num Danrlei imaginário. O gremista que mais se destacar no game irá aparecer no aparelho gigante e ganhar prêmios. Ou seja, se ver no telão estimulará a ida ao Memorial, e vice-versa.
Por dentro dos telões
13,17m x 7,32m = 96,4 m²
Içado a 52 metros de altura
Telão de alta resolução
Resolução real de 648 x 360 pixels por painel
Peso de 5.471 kg por painel
Consumo máximo 41.300 W
por painel (típico = 10.800 W)
Brilho 6.000 NITs
- É o conceito europeu do "matchday" - explica o presidente da Grêmio Empreendimentos Eduardo Antonini, sobre a ideia de fazer o fã curtir o dia inteiro da partida no estádio, indo antes para almoçar, consumir produtos, e não "apenas" assistir ao jogo.
Além do telão, outra novidade são os refletores. Saem as antigas torres de luz do Olímpico para dar lugar um conceito mais moderno de distribuir as lâmpadas. Ao todo, são 408, espalhadas na parte superior dos setores Leste e Oeste do estádio. Cada lâmpada, emite 2 mil watts. O plano é eliminar as sombras do gramado.
- No Olímpico, temos apenas seis pontos de luz. Agora, teremos uniformidade - projeta Antonini.
Tanto a instalação do telão quanto a colocação dos refletores exigem trabalho especializado. Cerca de 30 alpinistas industriais se agarram às estruturas metálicas do estádio para montar as peças. No total, 3,2 mil operários trabalham em dois turnos de oito horas cada para aprontar tudo para 8 de dezembro, dia da inauguração. A Arena segue forte na sua contagem regressiva.
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