
A goleada histórica do Grêmio sobre o Inter por 5 a 0 certamente será
assunto por um bom tempo não só em Porto Alegre. Imagine o gremista
neste momento comemorando. Imagine o colorado neste momento sofrendo...
Demitir o técnico Aguirre às vésperas do clássico certamente foi um erro
da diretoria do Internacional, ao passo que, em plena 17ª rodada do
Brasileirão, fica cada vez mais claro e límpido o acerto do staff
gremista ao trocar Felipão pelo moderno Roger Machado à frente do
comando da equipe.
Com ele, o Grêmio não só goleou o maior
rival como tem sido protagonista de alguns dos melhores momentos da
competição, ainda que não esteja com a liderança na mão. Mas vamos
combinar: cabe ao Tricolor Gaúcho a supremacia da rodada. Os sete times
que estão à sua frente na tabela e o imediato que vem abaixo
simplesmente não conseguiram vencer. O Atlético-MG manteve, mesmo com o
empate por 0 a 0 com o Goiás, o primeiro lugar, beneficiado pelo 1 a 1
do vice-colocado, o Corinthians, com outro rival regional, o São Paulo,
num belo jogo no Morumbi.
E por falar em clássico estadual,
Chape 2 x 2 Figueirense também teve muita emoção. Cruzeiro 2 x 1
Palmeiras, num duelo de ex-Palestra Itália e do reencontro do técnico
Marcelo Oliveira com o ex-clube, foi também um dos destaques da rodada.
Mas a próxima promete com um jogão à vista: Atlético-MG x Grêmio. É
esperar para ver.
Veja também:> Tabela do Brasileirão atualizada e os próximos jogos
O jogo em 140 caracteres
Os
Trapalhões mandam lembranças. A partida foi um show de passes tortos,
lançamentos no vazio e lambanças das defesas. Ficou feio de ver.
André
Lima foi o cara do Avaí, com o gol da vitória logo no início. Nino
Paraíba e Adriano também se destacaram na equipe catarinense.
Ronaldinho
até participou bastante do jogo, mas, bem marcado, só criou perigo nas
bolas paradas. Deve estar rezando pela volta de Fred.
O
AVAÍ acumulou uma gordura providencial no início do campeonato, e
agora precisa fazer o que fez no sábado: ganhar em casa, mesmo que seja mais na base da vontade do que da técnica.
Marquinhos não brilhou contra o Flu e não deve jogar sempre, mas é
claro que seu retorno - após um mês parado - vai ajudar o time,
principalmente nas bolas paradas. Nino Paraíba é um lateral
interessante, veloz. É em nomes como ele que a equipe catarinense aposta
para se manter longe do Z-4 até dezembro.
Sem Fred, o
FLUMINENSE martela, martela, mas
tem dificuldade para se impor contra times retrancados.
Ainda mais quando Jean não joga - apesar da boa atuação de Edson contra
o Avaí, cai a qualidade no meio. Contra o Inter, na quarta, o rival
será mais qualificado, mas haverá mais espaço para jogar. A troca da
dupla de zaga parece ser um meio-acerto de Enderson: Marlon não pode
ficar no banco, é óbvio, mas Henrique às vezes faz o torcedor ter
saudade de Gum. A conferir: R10 no Beira-Rio. Será que desencanta?
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Mais
de 568 mil apostaram em Ricardo Oliveira no Cartola. O artilheiro do
Brasileiro fez o terceiro do Peixe, 10º na competição, e somou 8 pontos.
Além da péssima atuação, o Coritiba abusou
da violência. Foram quatro
cartões amarelos, e Juninho ainda se livrou da expulsão,
Cada
jogador do Santos jogou com o nome de seu pai estampado nas costas,
abaixo do número, em homenagem ao Dia dos Pais, neste domingo.
Que o
SANTOS
conta com bons jogadores, principalmente do meio para a frente, todo
mundo sabe. E quando Lucas Lima está bem, fica mais fácil. O poder de
reação contra o Fla e a boa marcação na saída de bola, precisão na troca
de passes, com o camisa 20, Geuvânio (inspirado) e Gabriel em
movimentação constante e um Ricardo Oliveira sempre matador, definiram o
jogo contra o lanterna Coritiba já na primeira etapa.
Sim, o Peixe de Dorival Júnior tem mais força e sobe na tabela. Se vencer o Vasco, começará a incomodar.
Deu para perceber logo que o
CORITIBA
sairia da Vila Belmiro com sua nona derrota no Brasileiro e acumularia a
oitava partida seguida sem vencer. O time não sinaliza melhora e
mantém-se na lanterna do campeonato.
O ataque não agride - a
melhor chance foi no fim da partida - e a defesa foi envolvida pela
velocidade e pelo toque de bola do Peixe. Rafael Marques até
estreou sem comprometer. O problema é o conjunto. E o Coxa precisa de
mais gente para reforçar a equipe. Antes que seja tarde.
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Numa
partida feia, cheia de erros e sem gols, brilharam os goleiros Martín
Silva, do Vasco, e Agenor, do JEC, com atuações seguras.
Não dá para reclamar do torcedor vascaíno, que foi ao Maracanã no domingo de manhã. Foram 41.581 presentes (35.508 pagantes).
O volante Naldo, do JEC, protagonizou lance estranho: após mau jeito, tentou se equilibrar de pé, brigando contra a gravidade...
Maracanã cheio, adversário direto na briga contra a degola. Era uma chance de ouro para o
VASCO fazer as pazes com a vitória e a torcida. Ainda mais com Dagoberto inspirado. Mas não.
Além da defesa confusa - dois zagueiros no mesmo lance quase marcaram contra -, a ineficiência do ataque persiste.
Celso Roth mexeu, mas não adiantou. Em 17 rodadas, só oito gols
marcados. Nos cinco últimos jogos, um triunfo. Ainda em penúltimo,
enfrenta na quarta um Santos em ascensão na Vila. Horizonte nada bom.
O técnico PC Gusmão até comemorou o empate do
JOINVILLE.
Mas se for levado em conta que Kempes desperdiçou duas boas chances, e a
posição na tabela não se alterou - continua em 18º -,
não dá para ver em termos práticos um pingo de evolução.
Reforços chegam - Edigar Junio nem foi mal na estreia. Nada, no entanto
capaz de alterar o panorama desanimador na briga contra o rebaixamento.
Vencer o Cruzeiro em casa, na próxima quinta, pode dar combustível. Não
falta luta, mas sim talento.
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Na
estreia de Barrientos, quem brilhou no Furacão foi outro gringo, o
chileno Vilches, que marcou o gol de empate aos 52 do 2º tempo.
Marlone
foi o destaque do Sport. Marcou o gol e foi quem mais arriscou. Na
primeira etapa chutou mais que o Furacão todo (3 a 2).
Hernani
não estava nada inspirado. Irreconhecível, foi quem mais errou passes
no Furacão, o que não é do seu feitio - 10 no total.
Tudo bem. Foi em casa. Mas no último lance, o gol de empate deu à torcida do
ATLÉTICO-PR
um saborzinho de vitória na Arena da Baixada. O Furacão mostrou poder
de reação e encurralou o adversário no segundo tempo. O time é
determinado e ligado mesmo nos momentos em que as coisas parecem que não
vão dar certo.
Mas que perdeu uma chance na briga direta para ocupar o G-4, lá isso perdeu. Bem montado, tem no entanto muita lenha ainda para queimar no Brasileirão e pode surpreender o Fla.
Poderia ter sido uma vitória daquelas consagradoras a do
SPORT
neste domingo. Saiu na frente, mas deu campo ao Furacão, cedeu o empate
no fim e, não fosse o goleiro Danilo Fernandes, poderia até ter
perdido. E esse tem sido o grande problema da equipe, que
faz boa campanha, mas não consegue vencer fora de casa.
Esses pontos podem fazer a diferença no fim das contas. Por enquanto,
há de se destacar o conjunto e o padrão de jogo. Bem montadinho, segue
com apenas uma derrota e entre os primeiros.
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O
Tricolor não esbarrou só no goleiro Cássio. Mandou três bolas na trave -
uma de Centuríón e duas de Luís Fabiano - no 1º tempo.
Escalado para o lugar de Love, Luciano correspondeu no Timão. Fez o gol do time na única chance que teve e deve ser mantido.
O
São Paulo reclamou da arbitragem. Queria pênalti no lance que Uendel se
jogou para evitar gol de Wesley e a bola esbarrou no braço.
O que aconteceu de melhor para o
SÃO PAULO no clássico bem disputado foi a "volta" do velho Luís Fabiano. Não só fez o gol como mandou duas bolas no travessão.
Agressivo, Fabuloso melhorou e muito o poder de fogo da equipe,
que teve o retorno do zagueiro Breno como volante. O problema é que,
mesmo quando pressiona, o Tricolor mostra falta de concentração - acabou
saindo em desvantagem no placar. Conseguiu o empate e poderia até ter
vencido. Mas ao menos mantém-se perto do primeiro pelotão.
Candidatíssimo ao título, o
CORINTHIANS
se mantém ali, no retrovisor do líder Atlético-MG. É capaz de,
estratégico, sair na frente mesmo quando o adversário é superior. Apesar
de Tite acumular seis clássicos sem vencer os rivais estaduais, pode se
gabar de ter sorte - as bolas na trave salvaram a equipe no primeiro
tempo. No segundo, resistiu com 10 em campo no fim - Felipe foi expulso.
Tudo parece dar certo.
Luciano deu mais mobilidade e deve pegar o Sport, na quarta. Há chance de obter a liderança...
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Na tentativa de marcar dando paradinha, Marinho perdeu pênalti para o Cruzeiro aos 46 do primeiro tempo. Prass defendeu.
O argentino Cristaldo empatou para o Palmeiras, que jogou de amarelo, 19 segundos após ter entrado, no segundo toque na bola.
No retorno ao Mineirão, agora como rival, Marcelo Oliveira foi ovacionado pela torcida e celebrado pelos jogadores da Raposa.
Vitória importante a do
CRUZEIRO.
Não só porque saiu da pressão de se aproximar da zona de rebaixamento,
mas por começar a mostrar evolução. Aos poucos, Vanderlei Luxemburgo
encaixa o time. Além de De Arrascaeta ter recuperado o bom futebol,
Alisson brilhou, a marcação melhorou, e
a Raposa mostra-se mais valente e confiante
- dominou o time do ex-comandante Marcelo Oliveira já nos primeiros
minutos. Com apenas uma derrota nos últimos cinco jogos, se vencer o
Joinville na quinta, pode até embalar.
Não chega a ser o fim do mundo a segunda derrota seguida do
PALMEIRAS.
Se contra o Atlético-PR o time cochilou na bola parada, o erro no
Mineirão foi ter assistido ao Cruzeiro dominar a partida já no começo.
Marcelo Oliveira ajustou o Verdão para a segunda etapa e houve melhora
com Alecsandro e Cleiton Xavier. Após o empate, poderia ter virado, mas
recuou e sofreu mais um gol.
O resultado tirou a chance de a equipe chegar ao terceiro lugar, mas uma vitória sobre o lanterna Coritiba devolverá o ritmo anterior.
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O público de 11.694 pagantes é recorde da Ponte Preta neste ano em casa. É a primeira vez que o time passa dos 10 mil em 2015.
Além
da derrota, o Fla ganhou problemão para o jogo contra o Furacão:
Guerrero levou o terceiro cartão amarelo e desfalca o time.
Após a vitória com o gol de Pablo, o técnico Doriva, que estreava na Ponte, foi cumprimentar todos os jogadores de um a um.
Não foi atuação animadora. Mas a
PONTE PRETA,
enfim, voltou a vencer depois da seca de sete jogos. O triunfo em casa
foi em cima de vacilos do Fla, especialmente o gol. O técnico Doriva
estreou melhorando a defesa. Mas
preocupa o fator casa já não intimidar mais o visitante - a Macaca foi dominada no primeiro tempo.
O poder de fogo anda baixo: Borges quase não foi notado e saiu. Com 23
pontos, o time mantém-se no meio da tabela e tem chances de crescer na
quinta, de novo em casa, contra o Avaí.
Essa é daquelas partidas para o torcedor do FLAMENGO lamentar. No primeiro tempo, o time foi bem superior e esbarrou na trave duas vezes. Aí, o tempo passa, a bola não entra, a defesa falha na jogada aérea, toma gol... e tudo complica.
O técnico Cristóvão mais uma vez mexeu mal ao tirar Alan Patrick para
pôr Luiz Antônio, e a irregularidade em campo passa para a tabela de
classificação. Estacionado nos 20 pontos, fica a cinco do Z-4 e terá
difícil missão mesmo em casa, contra o Atlético-PR, no Maracanã, na
quarta.
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Na
chance incrível perdida por Erik, o "morrinho" no gramado do Serra
Dourada desviou a trajetória da bola e atrapalhou o atacante.
O Galo também teve oportunidade mal aproveitada por Thiago Ribeiro, que dentro da área bateu fraco para defesa de Renan.
Com o empate, o Galo não terá como superar o recorde de pontos de uma equipe no primeiro turno (em poder do Cruzeiro-2014).
Ainda
que o empate tenha sido em casa, ainda que tenha tido chance de vencer,
como a incrível desperdiçada por Erik, não dá para reclamar: o empate
foi bom para o
GOIÁS. Afinal, era diante do líder. E o
resultado pode até dar motivação extra para a equipe, que completou o
quinto jogo sem vitória e ocupa o Z-4, a cinco pontos do Avaí, fora da
degola. Mas
houve progresso com o esquema ofensivo do técnico Julinho Camargo e, contra a Chapecoense, de novo em casa, pode conseguir o tão esperado triunfo.
Líder que é líder consegue manter a ponta até em tarde pouco inspirada. Foi assim a rodada para o
ATLÉTICO-MG,
que sofreu com o calor de Goiânia e levou sufoco em alguns momentos,
apesar da superioridade na posse de bola (53% a 47%). Uma coisa é certa:
sem Pratto e Luan, o Galo perde faro de gol e velocidade.
O empate do Corinthians o favoreceu, mas é bom não facilitar: na
próxima rodada, pega o Grêmio. Mesmo em casa, será osso duro. O Timão
recebe o Sport, teoricamente menos complicado. Sinal amarelo.
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Logo
aos 11, o Grêmio perdeu um pênalti com Douglas. Mau sinal? Nada. Luan
(2), Fernandinho, Giuliano e Réver (contra) definiram a goleada.
O
Grêmio foi o único dos 9 primeiros colocados a vencer. Humilhou o
rival. Pulou para dentro do G-4. Dá para imaginar um domingo melhor?
Foi
a pior derrota do Internacional em Brasileiros, igualando os 5 a 0 para
a Chapecoense no ano passado e para o São Caetano em 2003.
As
críticas após a derrota para o Flu deixaram Roger Machado mordido. E a
resposta foi em grande estilo, colocando o grande rival na roda com um 5
a 0 histórico. De volta ao G-4, o
GRÊMIO ganha um
estímulo inesperado às vésperas de um duelo encardido com o líder
Atlético-MG, na quinta-feira. Vai ganhar lá dentro do Mineirão?
Impossível prever. Mesmo que não ganhe, a torcida já sabe:
o Tricolor de Roger é infinitamente mais sólido e competitivo que o de Felipão. Mesmo no 1 a 0. Imagina num massacre como este.
Para
a torcida, um domingo de sofrimento. Para a diretoria, cá entre nós,
bem-feito. Resposta imediata para a demissão absurda de Diego Aguirre,
que levou o
INTER à semifinal da Libertadores. A
justificativa para cortar a cabeça de um técnico às vésperas do Gre-Nal
era "criar um fato novo". Pois criou. Novo e doloroso.
Agora o torcedor do Inter é obrigado a aturar a humilhação, e o time vai penar para sair do buraco, seja qual for o novo treinador no restante da temporada.
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Com a reação no fim e o golaço de Marcão, aumentou para oito jogos a invencibilidade do Figueirense diante da
Chapecoense.
Os
quatro artilheiros do jogo foram o destaque das equipes: Tiago Luís e
Bruno Rangel para a Chape, e Dudu e Marcão para o Figueira.
O
empate do Figueira no fim foi bastante comemorado por Argel Fucks.
Parecia título em final. O comandante até saiu da área técnica.
Chegar aos 2 a 0 no segundo tempo em plena Arena Condá, onde tem bom retrospecto, fez mal à
CHAPECOENSE.
O time, que estava bem, resolveu administrar o resultado. E isso às vezes é fatal.
Levou um gol aos 37, e a partir daí a situação mudou. Ao permitir o
empate do adversário no fim, ficou quatro pontos atrás do Grêmio, logo
acima na tabela, em oitavo. O time não perdeu posições, mas que foi uma
ducha fria, não resta a menor dúvida. Contra o Goiás, fora, terá a
chance de se redimir.
A vitória sobre a Ponte na rodada anterior já tinha feito bem ao
FIGUEIRENSE.
A reação para obter o empate diante de um rival tradicional deu aquele sabor de triunfo e pode injetar entusiasmo
à equipe catarinense na briga para se afastar da degola. O time é o
mais próximo do primeiro que ocupa o Z-4, o Goiás. Tem quatro pontos de
frente. O que faz o jogo com o São Paulo, na próxima quinta, no Orlando
Scarpelli, importantíssimo. O técnico Argel Fucks luta com o que tem.