segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

IMORTAIS HISTORIA DA MAQUINA TRICOLOR

TOGT fotos e videos da maquina tricolor TOGT Grêmio faz um apanhado geral da história de um dos maiores clubes do Mundo, o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, sempre atualizando e incrementando as informações de forma a cada vez mais trazer aos torcedores de alma castelhana a história e os feitos incomparáveis do nosso clube do coração.










O ínicio





No nascer do século XX o atual “País do futebol” conheceu seus primeiros fundadores, alguns dos quais não obtiveram o mesmo sucesso de outros, mas podem se orgulhar de ter feito parte de um momento tão sublime da história do esporte no país. Equipes como o Grêmio, Rio Grande, Ponte Preta e Fluminense plantaram as primeiras sementes do futebol na terra da bola, verdadeiros fundadores do esporte no país.





O início do futebol no Brasil foi relativamente atrasado, se observado que já no Uruguai e Argentina, por exemplo, já existiam equipes fundadas anos antes da fundação do Sport Club Rio Grande. Foi a partir de 1900 que iniciou no Brasil a criação de vários clubes de futebol de norte a sul, sendo uns dos primeiros o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.





A criação do clube copeiro não iniciou na data de 15 de setembro de 1903, data de sua fundação, foi um processo demorado e bem construído, fadado ao sucesso. Como o significado do nome grêmio (união, conjunto, grupo) rapazes influenciados pelo paulista Cândido Dias se reuniam em praças e demais locais públicos para tratar de um assunto em especial, o futebol.





Na data do feriado nacional de 7 de setembro de 1903, o Sport Club Rio Grande, equipe fundada três anos antes, fez uma apresentação do futebol na cidade de Porto Alegre, a novidade atraiu a população e não menos os rapazes e Cândido interessados no esporte.





Durante a apresentação a bola de couro dos rio-grandinos furou e, quando todos imaginaram que a festa estava terminada, Cândido emprestou sua bola para o fim do espetáculo. O ato cortês do paulista rendeu à turma de Porto Alegre a oportunidade de confraternizar com os atletas que ensinaram mais sobre o esporte e como criar um clube de futebol. Com as informações necessárias para materializar o sonho de criar um clube, no dia 15 de setembro de 1903 em um restaurante no centro da capital gaúcha 31 rapazes escreveram a ata de fundação do clube chamado Grêmio Porto-Alegrense.





A criação de um clube de futebol não é simples nos dias de hoje, imagine-se a mais de 100 anos antes tendo de criar uma equipe, ter uma sede, disponibilizar tempo e dinheiro para o projeto, além de dominar as regras do esporte. Não obstante o primeiro jogo da equipe gremista fora jogado somente no dia 6 de março de 1904.









Primeiro jogo, primeiro título





O primeiro jogo da história valia título, era contra a equipe do Fuss-Ball Club Porto Alegre, curiosamente o clube havia sido criado na mesma data do Grêmio, sendo os dois únicos clubes da capital. A disputa da Taça Wanderpreis teve como campeão o Imortal, que venceu o adversário por 1X0 em um jogo de dois tempos de 30 minutos com um intervalo de 40, o primeiro jogo da história do Grêmio foi uma vitória com um título, mais uma façanha do clube que viria a se tornar o gigante da América.





Ainda em 1906 o Troféu Wanderpreis se tornou pequeno para o Grêmio. A equipe tricolor conquistava de forma definitiva a taça após o tricampeonato em 1904, 1905 e 1906. No mesmo ano fora criado o segundo Wanderpreis, sendo vencido novamente pelo Grêmio que conseguiu três vitórias e um empate sobre o Fuss-Ball.









A Baixada, nossa primeira casa





No ano de 1904 o clube adquiriu seu primeiro estádio, a Baixada dos Moinhos de Vento, que foi um grande passo da agremiação rumo à grandeza que viria a ter poucos anos depois. O espaço foi adquirido por 10 contos de réis e teve sua inauguração no dia 4 de agosto. A primeira casa do Grêmio foi palco de grandes conquistas da equipe, sendo substituída 50 anos depois pelo estádio Olímpico.









Primeiro Gre-Nal





Com completo domínio do futebol em Porto Alegre o Grêmio se tornou referência no futebol do estado em menos de 10 anos de existência. No ano de 1909 foi solicitada ao clube a entrada de novos sócios, o que foi rejeitado pela instituição dado que não se admitia pessoas desconhecidas no clube, contrariados, os não-sócios resolveram criar um clube próprio, o Sport Club Internacional, nascia aí o maior caso de rejeição da história do futebol em que o clube vermelho tinha por único objetivo ser maior do que o Grêmio, seguem tentando até os dias de hoje.





No mesmo ano de sua fundação o Sport Club Internacional desafiou o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense para uma partida, sabendo que era infinitamente superior ao adversário, o Tricolor propôs aos colorados que o segundo quadro gremista (uma espécie de time reserva) os enfrentasse, o que não foi aceito pela rival alvirrubro.





Dado a negativa vermelha o Grêmio aceitou colocar seu primeiro quadro na disputa. Assim, no dia 18 de julho de 1909 o Tricolor estraçalhou a equipe do Internacional com uma goleada histórica de 10X0 em que o goleiro gremista ficara durante os dois tempos da partida conversando com os espectadores atrás do gol, pois os colorados não conseguiam passar do meio campo.









Primeira Liga





O Grêmio foi o idealizador e um dos fundadores da primeira Liga de Futebol de Porto Alegre. A liga organizou os campeonatos da cidade, que tiveram como maior campeão até sua extinção o Grêmio com 26 conquistas.









Primeiro jogo internacional





No ano de 1911, com menos de dez anos, o Grêmio enfrentava um gigante do futebol mundial, a Seleção do Uruguai. O Imortal perdeu a partida por 3X0, considerado um grande resultado inclusive destacado pela imprensa de Montevidéu.





Um ano após o grande resultado contra a Seleção Celeste, o Grêmio já se tornava pequeno para as fronteiras do Rio Grande do Sul. A equipe gaúcha inaugurou seu primeiro pavilhão no estádio da Baixada em outubro e já recebia equipes do Rio e São Paulo para a disputa de partidas. Foi também em 1912 que o Grêmio conquistou a sua maior goleada, 23X0 sobre o Nacional de Porto Alegre, a segunda maior goleada do futebol do Brasil até hoje, perdendo apenas para o Botafogo que fez 24 gols em uma partida sobre o Mangueira.









Primeiro atleta negro





O Grêmio teve seu primeiro atleta negro no ano de 1913 e não nos anos 50 como alegam “alguns”. Antunes, jogador gremista de 1913/1914 fora o primeiro atleta de cor negra no clube. De 1926/1935 Adão, de 1937/1940 Laxixa e nos anos 40 Mário Carioca, Hélio, Prego e Hermes também eram negros e representaram o Imortal.









Primeiro título nacional





Em 1914 o Grêmio conquistou seu primeiro título nacional, a Taça Rio Branco, na disputa com o Fussball. O troféu foi oferecido pelos uruguaios do Bristol que haviam visitado o estado um ano antes. O Imortal venceu os três primeiros jogos e ficou com a Taça em definitivo.









Primeira vitória internacional





Um dos grandes marcos da história do Grêmio deu-se no dia 17 de setembro de 1916. A equipe tricolor venceu a grande Seleção do Uruguai pelo placar de 2X1, sendo esta a primeira vitória internacional do clube. O jogo aconteceu no estádio da Baixada dos Moinhos de Vento e rendeu, além do maior triunfo do clube até então, o título da Taça Rio Branco daquele ano.





Desde o ano de 1911 o Grêmio já era considerado por equipes de outros estados um grande clube do futebol, tanto que eram seguidos os confrontos com equipes de outros lugares do país e estrangeiros, mas foi em 1916 que o Tricolor se fixou definitivamente como uma das grandes equipes brasileiras após a vitória contra os uruguaios.









Craque Imortal





No ano de 1920 estreou pelo Grêmio o maior ídolo da história do clube, o jogador imortalizado no hino e na memória de todo bom gremista, o goleiro Eurico Lara. A verdadeira lenda do Tricolor venceu 16 títulos em 16 temporadas. Sua consagração deu-se principalmente no ano de 1935 em que o Grêmio precisava vencer o Internacional pela final do Campeonato Farroupilha para se sagrar campeão. Eurico Lara havia sido proibido pelos médicos a atuar, pois já vinha a algum tempo sofrendo do coração, como sabia de sua importância para a equipe, decidiu participar da partida, jogando um primeiro tempo memorável. No intervalo não conseguiu suportar as dores e foi substituído. Após o fim da partida foi levado ao hospital onde não saiu com vida.









Primeiro campeonato estadual





Em 1921 o Grêmio conquistava seu primeiro Campeonato Gaúcho, fato que se repetiu em 1922. O campeonato que se iniciou em 1919 com a vitória do Brasil de Pelotas sobre o Tricolor foi interrompido em 1923 e 1924 devido a Revolta entre Maragatos e Chimangos no estado.





Foi em 21 que o Grêmio conseguiu a façanha inédita no futebol gaúcho de conquistar o título na categoria principal, segundo e terceiro quadro e infantil.









Símbolos e novo estádio





No decorrer da década de 20 foram criados dois dos maiores símbolos do Grêmio. Em 1924 criou-se o primeiro hino do clube, que foi alterado anos depois, e em 1928 foi definido o modelo definitivo da camisa do Grêmio com listras verticais azuis, pretas e brancas.





Em 1929 foi apresentada uma proposta de construção de um novo estádio para o clube em substituição da Baixada, apesar de não ter sido posto em prática era a semente do estádio Olímpico que viria a ser construído anos depois.









Gre-Nal Farroupilha e primeiro triunfo sobre um paulista





Em 1935 o Grêmio venceu um dos Gre-Nais mais importantes da história do confronto. O clássico válido pela final do Campeonato Farroupilha vencido pelo Tricolor por 2X0, gols de Lacy e Foguinho, valeu o título e foi o último jogo do craque imortal Eurico Lara pelo Grêmio. Na comemoração sobre o grande feito foi instituído que o título seria festejado durante 100 anos, fato cumprido a risca até hoje com o Jantar Farroupilha.





No mesmo ano do Campeonato Farroupilha o Grêmio conquistou outro grande feito. A equipe tricolor venceu pela primeira vez na história uma equipe paulista, o placar de 3X2 para o Imortal sobre uma das grandes equipes do centro do país, o Santos.









Primeira partida em solo internacional





Em 1936 o Grêmio jogou sua primeira partida internacional uma viagem para Rivera no Uruguai. O Tricolor enfrentou a equipe uruguaia do Oriental Athletic Club vencendo a partida pelo placar de 2X0.









Primeira vitória sobre um clube argentino





No dia 30 de janeiro de 1940, pela primeira vez na história, o Grêmio enfrentava um clube argentino. Uma vitória de 2X1 contra o Club Atlético Independiente, na época, Bi-Campeão de Buenos Aires foi outra grande façanha do Tricolor.









Mosqueteiro e slogan





Em 1946 o Grêmio instituiu como seu mascote oficial a figura do mosqueteiro criado pelo chargista da Folha da Tarde Pompeo. Foi no mesmo ano que o celebre Slogan "Com o Grêmio Onde Estiver o Grêmio" foi criado por Alfredo Obino. Como na década de 20, mais dois grandes símbolos do Imortal haviam sido criados.









Hegemonia regional e primeira grande excursão





No ano de 1949 a equipe tricolor conquistava a hegemonia regional, nenhum clube do estado era bom o bastante para enfrentar o Grêmio. No mesmo ano o Tricolor fez sua primeira excursão internacional a América Central onde não perdeu nenhum jogo disputado.





Em 49 o Grêmio fez bonito no Centenário em Montevidéu, o Tricolor venceu a equipe do Nacional, base da Seleção do Uruguai campeã Mundial sobre o Brasil em 50, pelo placar de 3X1 em plena festa de comemoração dos 50 anos do clube uruguaio, ficando com o troféu da competição.









Primeira vitória no Maracanã





Em 1950 o Grêmio conseguiu uma conquista memorável no futebol brasileiro. A equipe gremista foi a primeira fora do Rio de Janeiro a jogar no estádio do Maracanã, vencendo a grande equipe do Flamengo por 3X1.









A conquista das três Américas e o estádio Olímpico





Os anos 50 foram um dos maiores do clube gaúcho, as belas atuações no primeiro ano da década com as vitórias sobre o Nacional e o Flamengo possibilitaram ao Grêmio mais duas grandes excursões internacionais. Em 1953 e 1954 o Tricolor excursionou ao México, Equador e Colômbia. Com as belas atuações de então, somadas a trajetória invicta de 1949 o Grêmio conseguiu o que chamou de “A conquista das três Américas”.





Foi em 1954 que a Baixada deixava de ser de uma vez por todas a casa do Grêmio. Apesar de ter sido palco de grande parte das glórias do clube o estádio já era pequeno para as proporções que o Imortal havia tomado. O estádio Olímpico substituía a antiga casa tricolor, sendo inaugurado no dia 19 de setembro de 1954, no jogo entre Grêmio e Nacional de Montevidéu, com vitória de 2x0 para os gremistas. A época da construção o estádio gremista era o maior e melhor estádio privado de todo o Brasil.









O dono do Rio grande do Sul





Do ano de 1956 a 1968 o Grêmio dominou o futebol gaúcho deixando somente no ano de 61 o título gaúcho escapar. Em 13 anos o Tricolor conquistava 12 títulos gaúchos, sendo na primeira oportunidade pentacampeã (1956 a 1960) e depois heptacampeão (1962 a 1968).









A Tríplice Coroa Regional e a La Bombonera é nossa





No ano de 1959 a equipe tricolor conquistou a Taça Brasil - Zona Sul (torneio da região sul que definia o representante sul-brasileiro na Taça Brasil), o Campeonato Gaúcho e o Campeonato de Porto Alegre, sendo o primeiro clube do Sul a conquistar a Tríplice Coroa regional.

Em 25 de fevereiro de 1959 o Grêmio demonstrava ao Mundo sua força. Na Argentina, em pleno estádio de La Bombonera em Buenos Aires, o Imortal vencia a poderosa equipe do Boca Juniors de goleada. O placar foi 4X1 com quatro gols de Gessi para o clube gaúcho.





Foi também em 59 que o Grêmio vencia o Atlético-MG por 1X4. A partida foi realizada no dia 18 de outubro de 1959, sendo a primeira partida de um clube gaúcho contra um mineiro.









Primeira excursão à Europa





No ano de 1961 o Grêmio, seguindo o projeto de internacionalização da marca e profissionalização do futebol, fez sua primeira excursão a Europa, antes já havia excursionado a América do Sul, Central e do Norte na assim intitulada “conquista das três Américas”.





A viagem ao velho continente foi excepcional, nas contas 12 vitórias, 4 empates e oito derrotas, tendo jogado com grandes times como a URSS, Real Madri, Sttutgart e vencido equipes como o Olympique Nice da França, Panathinaikos da Grécia e várias seleções nacionais européias.





Segunda excursão à Europa





Um ano após ter feito sua primeira excursão a Europa, o Grêmio retornou ao continente em 1962 para mais uma série de jogos. Como na primeira passagem o Grêmio retornou ao Olímpico uma nova taça e mais resultados positivos. Na campanha 9 vitórias, 2 empates e 4 derrotas, jogando contra vários clubes e seleções nacionais.









Campeão Sul - Brasileiro





Em 1962 o Grêmio conquistou o primeiro título regional oficial. A equipe que sempre foi considerada a melhor do Sul do país e uma das melhores do Brasil disputou o Campeonato Sul-Brasileiro contra os principais clubes sulistas. A campanha invicta de 10 jogos, 7 vitórias e 3 empates, consolidou ainda mais a supremacia do Tricolor no Rio Grande do Sul e no Sul do país.









Bandeira e símbolo atual





No ano de 1963 o Tricolor modificou pela terceira vez a sua bandeira, como se mantém até hoje. Um dos maiores símbolos do clube passou a ter desenho semelhante à bandeira da Grã-Bretanha, país criador do futebol, com o símbolo do clube ao centro, fundo azul e linhas pretas com bordas brancas (modificação recente). Foi adicionada a bandeira em 1970 uma estrela dourada, em homenagem a Everaldo, único jogador de um clube gaúcho a ganhar a Copa do Mundo.





Foi também em 63 que o Grêmio modificou seu escudo, trocado a inscrição G. FOOT-BALL P.A. para GRÊMIO FBPA. Em 1985 mais uma pequena alteração com a adição de três estrelas, uma de bronze que representava o Campeonato Brasileiro de 1981 (hoje representa os títulos nacionais), a de prata, que representava a Libertadores de 1983 (hoje representa os títulos continentais) e a de outro, que representa o Mundial de Clubes de 1983. O distintivo gremista ainda sofreria algumas mudanças, mas nada que alterasse seu formato daquele momento em diante.









Primeiro título oficial internacional





O ano de 1968 é considerado um grande marco na história do Grêmio, pois foi nessa data que a equipe tricolor conquistou o primeiro título oficial internacional. A equipe gaúcha já havia ganho vários títulos estrangeiros, mas nenhum oficial até então. Na disputa pela Taça Rio de La Plata o Grêmio sagrou-se vencedor sobre os poderosos Nacional e Peñarol e sobre o rival Internacional de forma invicta. Além da taça inédita o gostinho de vencer o primeiro Gre-Nal internacional da história demonstra a importância da conquista.









Exemplo para o Mundo





Em 68 o Grêmio deu mais uma demonstração de profissionalismo e o porquê de ser um dos maiores clubes do continente com a construção do primeiro campo suplementar para treinamento nas mesmas dimensões do campo principal do Planeta. A inauguração foi um jogo amistoso entre o Tricolor e a Seleção da Romênia.









A retomada do poder e o gol mais rápido da história dos Gre-Nais





Nos anos 70, o Grêmio passava por um dos piores momentos de sua história, após os brilhantes anos 50 e 60, em que a equipe ganhou vários títulos e internacionalizou sua marca para o Mundo, chegava o momento das vacas magras e das derrotas para o “rolo compressor” colorado. Dispostos a terminar com uma longa série de vitórias do Inter, os dirigentes gremistas criaram uma equipe capaz de enfrentar os vermelhos, se não de igual para igual, de forma digna.





Em 1977 o Grêmio chegou à final do Campeonato Gaúcho como nos anos anteriores, mas dessa vez a vitória veio, Yúra marcou o gol mais rápido da história dos Gre-Nais, aos 14 segundos de jogo (o Internacional não tocou na bola). O Internacional chegou a empatar a partida, mas André Catimba deu o título ao Tricolor e o fim da supremacia vermelha dos anos 70.









Jogo na neve





Um fato que marcou a história do futebol brasileiro foi presenciado na noite de 30 de maio de 1979, na cidade de Bento Gonçalves. Em meio ao jogo no estádio Montanha entre Esportivo e Grêmio começou a nevar. O jogo que terminou 0X0 marcou um fato inédito e nunca mais visto no futebol do país.









Estádio Olímpico, Monumental





O Olímpico já era referência de estádio no Brasil desde sua fundação em 1954, sendo o maior estádio privado na oportunidade. Em 1963 foi palco da Universíade Mundial, o maior evento olímpico universitário do Mundo, realizado pela 1ª vez na América do Sul com a participação de 30 países.





Não demorou muito para que o estádio construído em 54 se tornasse pequeno para a grandeza do Grêmio, então, nos anos 70, iniciou-se o projeto de ampliação do estádio, em 1980 mais uma etapa da construção do Olímpico foi finalizada com o segundo andar do estádio e cobertura. Reinaugurado com o nome de Olímpico Monumental, sendo o mais moderno estádios privados do Brasil, o Olímpico contava com inovações somente encontradas em estádios europeus.





Com a conclusão da cobertura completa o Olímpico se tornou o único estádio 100% coberto do Sul, fato que se mantêm até hoje. Em 21 de junho de 1980 o Grêmio venceu o Vasco da Gama por 1x0, na abertura do Festival de Reinauguração do Estádio.









O grande título nacional





O ano de 1981 marcou definitivamente a história do Grêmio com a maior conquista nacional do clube até os dias de hoje (juntamente com 1996), na oportunidade a equipe tricolor venceu a forte equipe do São Paulo, na casa do clube paulista, e sagrou-se campeão Brasileiro.





Apesar dessa grande conquista o Imortal não estava satisfeito dado que o grande rival, o Internacional, havia vencido três nacionais, estando à frente do Grêmio no número de conquistas. Dessa forma a equipe voltou à final da competição no ano de 1982, na final contra o Flamengo ocorreu uma das maiores vergonhas do futebol nacional, o juiz da final validou um gol de mão do jogador flamenguista, Andrade, o que deu o injusto título a equipe carioca.





Foi também no ano de 81 que o Grêmio participou de uma grande partida entre o lendário Cosmos dos Estados Unidos, vencendo a equipe americana no Giants Estadium em 30 de agosto em Nova York por 3X1.









O Ano Azul e a Tríplice Coroa Internacional





O ano de 83 é, sem dúvida, o maior ano do Grêmio. Talvez o grupo desse ano não tenha sido a maior equipe do Imortal, mas certamente foi a equipe que trouxe as maiores glórias ao futebol gaúcho, gremista e brasileiro.





O injusto vice-campeonato roubado em 82 rendeu ao Grêmio a possibilidade de disputar a Libertadores da América. No ano anterior a experiência na competição não havia sido boa, sendo que o foi eliminado na primeira fase, em um grupo que tinha, nada mais nada menos do que o poderosíssimo Peñarol do Uruguai.





Em 83 não foi muito diferente do ano anterior, pois novamente a equipe pegava somente pedreiras na Libertadores. Equipes como o Flamengo de Zico, Estudiantes da Argentina, que protagonizou com o Grêmio uma das maiores partidas da história do clube, a “Batalha de La Plata” e o forte América de Cali eram os adversários a ser batidos pelo Imortal na busca do tão sonhado título continental.





O Grêmio passou pelos brasileiros do Flamengo de Zico com qualidade, já que na Libertadores não existia arbitragem pró eixo Rio-São Paulo como era nítido no campeonato nacional. Nas semifinais as memoráveis partidas contra o América de Cali e o Estudiantes deram ao Grêmio a oportunidade de chegar a sua primeira final de Libertadores contra o então campeão do continente e do mundo, o Peñarol de Montevidéu.





Na primeira partida um épico empate com os uruguaios em 1X1 levou a decisão para Porto Alegre, na capital gaúcha a vitória de 2X1 saída dos pés de Renato Portaluppi, grande ídolo gremista, deu ao Grêmio o maior título de sua história até então e a possibilidade de ser o maior clube do mundo em dezembro no Japão. Grêmio campeão da América.





Em Tóquio o adversário da final do Mundial de Clubes já nos esperava, era o poderoso Hamburgo, base da Seleção Alemã, bicampeão nacional e campeão europeu sobre a super equipe italiana do Juventus. Os alemães eram amplamente favoritos, mesmo tento o Imortal vencido o gigante Peñarol.





No mês de dezembro de 1983, em Tóquio no Japão, iniciou-se a grande partida do Mundial. O início do jogo foi truncado, até que aos 37 minutos de partida o herói da final da Libertadores brilhou na maior competição do Mundo. Renato Portaluppi driblou a marcação alemã e marcou um golaço em um chute cruzado, o Grêmio estava perto de ser o melhor de todos os clubes do ano.





Até o final da partida o nervosismo predominava na equipe gremista e, aos 40 minutos do segundo tempo, Schröeder marcou um gol para o Hamburgo, o que levava a decisão para a prorrogação. Aos 3 minutos do tempo extra mais uma vez brilhou o craque Portaluppi, o atacante recebeu uma bola da esquerda, tirou da marcação alemã e mandou no canto do gol do Hamburgo. Grêmio Campeão Mundial de 1983.





Para retornar ao Brasil a equipe tricolor necessitava fazer uma escala nos Estados Unidos, nessa oportunidade os Campeões do Mundo disputaram seu terceiro título oficial internacional. Na oportunidade fora disputado contra o América do México, equipe escolhida pela Concacaf para representar a entidade (já que não havia sido finalizado o campeonato continental de 83 da América do Norte) para disputar contra o Grêmio, campeão continental e representante da Conmebol, a Copa Interamericana/Copa Los Angeles.





O Grêmio venceu a equipe mexicana nos pênaltis, 4X3, e conquistou o terceiro título internacional oficial no ano, a primeira e única Tríplice Coroa do futebol brasileiro conquistada no mesmo ano.









O vice de 84





Em 1984 o Grêmio chegou a terceira Libertadores da América. A equipe que havia sido campeã no ano anterior chegou à final da competição como favorita perante os argentinos do Independiente de Avellaneda. Na final, problemas de vestiário acabaram com os sonhos do bicampeonato, pois, apesar de ser um grande time, o Independiente não era melhor do que a equipe gremista, mas ficou com seu 7º título na competição.









Excursão na Europa e grandes taças do velho continente





Após o Mundial de Clubes o Grêmio se tornou definitivamente um gigante do futebol, não obstante fora convidado para vários torneios na Europa contra grandes clubes do futebol. Em 1985 a equipe gremista viajou ao velho continente trazendo na bagagem de volta grandes conquistas como o Troféu Palma de Mallorca contra o poderoso Barcelona da Espanha e a Copa Rotterdan contra o Bayern de Munique. Em 1986 e 1987 o Tricolor retornou ao velho continente onde conquistou a Copa Phillips nos dois anos.









Primeira Copa do Brasil





A primeira Copa do Brasil, segundo título mais importante do futebol nacional, foi instituída pela CBF em 1989 contando com vários grandes clubes do futebol brasileiros e pequenas equipes campeãs regionais que viam na competição a única oportunidade de disputar jogos contra as equipes de ponta do país.





Como não poderia ser diferente, o Grêmio marcava presença na competição superando pequenas e grandes equipes e chegando a final da copa de forma invicta contra a equipe campeã brasileira de 1987, o Sport de Recife. Na final, vitória gaúcha e mais um grande título a ser comemorado pela nação azul.









Supercampeão Brasileiro e hexa gaúcho





Um ano após conquistar a Copa do Brasil o Grêmio seguia para mais um título nacional, a Supercopa do Brasil. Na disputa contra a equipe do Vasco, campeã Brasileira de 89, o Grêmio venceu o primeiro jogo no Olímpico pelo placar de 2X0 e no jogo de volta um empate sem gols deu o título ao Imortal.





No Campeonato Gaúcho o Grêmio conquistava seu sexto título em uma sequência iniciada em 1985. Pela segunda vez na história do campeonato estadual do Rio Grande do Sul a equipe gremista chegava a seu sexto título seguido.









O primeiro rebaixamento e a volta por cima





O ano 1991 poderia ser um ano riscado do futebol gremista, mas apesar de ter sido um momento triste do Grêmio foi o ponto de partida para algo muito maior que estaria por vir. O Tricolor iniciou o ano muito bem, chegando à final da Copa do Brasil, mas ficando com o vice.





No Campeonato Brasileiro, apesar da campanha ruim, a equipe azul tinha a chance de se salvar na última partida, mas, por motivos até hoje desconhecidos, o time entrou desinteressado em campo e perdeu para o Botafogo, que não almejava nada na competição, sendo desclassificado da divisão de elite do Campeonato Brasileiro.





Em 1992 o Grêmio fez uma péssima campanha na divisão de acesso e somente disputou a elite em 1993 graças a uma manobra da CBF que modificou as regras da competição subindo os doze primeiros classificados, sendo o Tricolor o 9º.





O recomeço do Grêmio em 93 foi buscando forças em suas categorias de base, com a qual conseguiu novamente conquistar o Campeonato Gaúcho e se mantendo na primeira divisão do Campeonato Brasileiro.





No ano de 1994 o Imortal ainda penava para conseguir sua recuperação. O então técnico gremista Felipão, que viria a sagrar-se um dos maiores ídolos do clube, conseguiu levar o time a conquista invicta da sua segunda Copa do Brasil e a disputa da Libertadores da América cinco anos após a péssima campanha de 1990.





Foi também em 1994 que, por falta de datas, o Grêmio disputou três partidas oficiais no dia 11 de dezembro, válidos pelo Estadual. Os jogos foram realizados no Estádio Olímpico sendo Grêmio 0X0 Aimoré, Grêmio 4X3 Santa Cruz e Grêmio 1X0 Brasil de Pelotas.









A maior equipe da história do Grêmio e a supremacia no continente





Logo no início de 1995 o Grêmio tinha pela frente sua primeira competição, o título da Copa do Brasil deu ao Tricolor o direito de disputar a Copa Sanwa no Japão contra o Verdi Kawasaki, bicampeão japonês. A bela atuação da dupla Paulo Nunes e Jardel deu indícios de que o ano seria brilhante com a conquista do primeiro título internacional na vitória por 2X1 contra os orientais.





A força da equipe gremista era tanta que por várias vezes o time reserva disputava os jogos, enquanto o principal se preparava para outras competições. Como foi o caso do Campeonato Gaúcho vencido em grande parte pela equipe reserva, o segundo título do ano.





Na época a vaga na Libertadores não excluía a participação na Copa do Brasil e em mais uma demonstração de grandeza o Grêmio chegava a final da Copa perdendo para a boa equipe do Corinthians.





No segundo semestre as atenções estavam voltadas para a maior competição do continente, a Libertadores. Após as brilhantes atuações, incluindo a super goleada sobre o Palmeiras de Müller, Rivaldo, Cafú e Roberto Carlos por 5X0, o Grêmio chegava à final contra a equipe do Nacional de Medellín. No primeiro jogo uma vitória por 3X1 no Olímpico dava a vantagem para o Imortal que conseguiu um empate na Colômbia e ficou com o Bicampeonato a Libertadores e a vaga no Mundial de Clubes pela segunda vez.





A final do Mundial era contra a grande equipe do Ajax, considerado pelos europeus uma das maiores equipes de futebol no momento, o campeão europeu era à base da Seleção da Holanda, uma das maiores dos anos 90.





Na partida o Grêmio foi melhor durante todo o jogo, criou várias chances, mas não conseguiu o resultado. Na cobrança de pênaltis, dois erros gremistas e um holandês deu o título ao gigante do velho continente.





O poder da equipe gremista era tão visível que em um único ano o time havia disputado cinco finais (Campeonato Gaúcho, Copa Sanwa, Copa do Brasil, a Libertadores e o Mundial) de campeonato e desistido de um (a Copa Interamericana), por motivos de segurança já que os países da América Central enfrentavam grandes conflitos armados naquela época.









A Tríplice Coroa Mista





Em 1996 o Imortal continuou assombrando os adversários. O primeiro foram os argentinos do Independiente no Japão, pela Recopa Sul-Americana. No jogo único na terra do Mundial uma vitória esmagadora por 4X1 e mais um título internacional para o Tricolor.





O Campeonato Gaúcho de 1996 foi o segundo título do ano, o chamado “cafezinho”, pois o jantar era o campeonato nacional, foi vencido com naturalidade pelo Imortal que estava com os olhos virados para o maior título do país no final do ano.





Em 15 de dezembro, o Grêmio chegava a mais um grande triunfo com a vitória por 2X0 sobre a Portuguesa de Santos que dava o bicampeonato brasileiro ao maior clube do Sul e a terceira Tríplice Coroa, agora mista, do Imortal.





Foi também em 1996 que a camisa do Grêmio foi o item esportivo mais vendido em todo o Planeta. Nada pode ser maior.









Copa do Brasil em definitivo e “visitas” à Europa e Ásia





Depois de um longo período de conquistas que iniciaram em 1994 o Grêmio chegou a Copa do Brasil sem as grandes estrelas dos anos anteriores, de jogo em jogo a equipe foi derrotando seus adversários e chegando cada vez mais longe na competição. O papão de copas dos anos 90 chegou assim a mais uma final da competição contra a grande equipe do Flamengo de Romário. Na final, em pleno Maracanã, o Grêmio calou os críticos vencendo a Copa do Brasil de forma invicta, aos gritos de “Ah! Eu sou gaúcho” dos gremistas em resposta ao “Ah! Eu to maluco” dos flamenguistas antes da partida.





Foi em 97 que o Grêmio voltou à Europa para a disputa do Troféu Colombino, mais uma vez na Espanha, onde havia vencido o Troféu Ciudad de Valladolid contra o Tatabanya em 81, Troféu Palma de Mallorca contra o Barcelona em 85 e o Troféu Agrupación Peñas Valencianas contra o Valência em 96.





Em 1998 o Tricolor rumou ao continente asiático, onde participou de duas copas, a Copa Ano Novo e a Taça Hang Ching, contra o campeão nacional chinês Shangai Shen Hua.









Fechando a década com chave de ouro





No último ano da segunda década mais importante da história do Grêmio, a equipe chegava a mais uma grande conquista regional. Foi em 1999 que o Imortal demonstrou mais uma vez o seu domínio no Sul do Brasil com a conquista da Copa Sul sobre a equipe do Paraná Clube em uma competição que reunia os maiores clubes sulistas do Brasil.





Foi também em 99 que o Grêmio venceu o Santos na Vila Belmiro pelo placar de 1X0, pela seletiva da Libertadores. Jamais outro clube gaúcho venceu o Santos em seu estádio.









O primeiro campeão nacional do século





No ano de 2001 o Brasil conheceu o primeiro campeão nacional do século. O Grêmio-ISL era uma das melhores equipes de futebol do país, contava com grandes estrelas que proporcionaram ao torcedor grandes alegrias como as conquistas do Campeonato Gaúcho e da Copa do Brasil vencendo o Corinthians por 3X1, em São Paulo, na grande final do primeiro campeonato nacional do novo século.





Em 2002 mais uma vez a equipe gremista fez bonito, chegando à fase final do Campeonato Brasileiro, perdendo apenas para o campeão do ano, o Santos de Robinho, Elano e Diego. Na Libertadores a derrota nos pênaltis na semifinal para o Olímpia, campeão naquele ano, acabou com o sonho do tri da América, foi por pouco.









O líder do Brasil e camisa mais bonita do Mundo





Em 2003 foi criado pela CBF o primeiro Ranking Nacional de Clubes, tendo como líder isolado o Grêmio desde então. Mesmo após a unificação dos Campeonatos Brasileiros com a Taça Brasil em 2010 o Imortal continuou como líder geral.





Fora realizado em 2005 pela revista Monet um concurso para eleger a camisa mais bonita de todos os clubes de futebol do Mundo. O uniforme tricolor do Grêmio foi o escolhido, sendo o Real Madri o segundo e Milan o terceiro.









O segundo rebaixamento e a ”Batalha dos Aflitos”





A expectativa para o ano do centenário de um dos clubes mais antigos do Brasil em 2003 era das melhores. Com a classificação na Libertadores daquele ano o Grêmio estava pronto para receber como presente o tri da América, que havia batido na trave em 2002. Diferentemente do esperado o Imortal recebeu foi um verdadeiro “presente de grego”, pois foi justo no ano do centenário a falência da parceira do clube, a ISL. A empresa que bancava os gastos principalmente com jogadores deixou os gaúchos sem condições de arcar com os encargos adquiridos, era o início da maior crise da história da instituição.





Apesar da crise o Grêmio chegou até as quartas-de-final da Libertadores. No Gauchão deu Inter e no Campeonato Brasileiro a equipe tricolor penou e somente se salvou do rebaixamento na última rodada, a situação ficaria ainda pior no ano seguinte.





Em 2004 a direção gremista criou um dos piores grupos da história do Grêmio. Com jogadores baratos e sem qualquer senso de profissionalismo o Tricolor iniciava o Campeonato Brasileiro sabendo que o destino era a segunda divisão. O clube foi rebaixado com o último lugar na classificação do campeonato na pior campanha do Grêmio na história da competição.





Chegava à hora de demonstrar o porquê do apelido Imortal. No ano de 2005 a nova direção do clube tinha o impossível objetivo de organizar as finanças do clube e formar uma equipe capaz de voltar à elite do futebol nacional. Como em 1993 o clube viu nas suas categorias de base a “luz no fim do túnel”. Com uma campanha cheia de sobre saltos, o Grêmio chegava mais longe do que qualquer um poderia imaginar, alguns heróis como o presidente Paulo Odone Ribeiro conseguiram tirar leite de pedra e em menos de um ano levar o maior clube do Sul até a final da Série B de 2005.





A final contra a popular equipe pernambucana do Náutico fez ferver o estádio dos Aflitos no Recife. Para a equipe adversária somente a vitória levaria o clube a primeira divisão, para o Grêmio um empate seria suficiente. O Tricolor Gaúcho fora recebido no nordeste como um inimigo por todos, tanto os torcedores do Náutico quanto os do rival Santa Cruz tinham interesse na derrota gremista, para o primeiro isso significava o acesso e para o segundo o título do campeonato.





Até os 35 minutos do segundo tempo o Grêmio resistia aos nordestinos e ao caldeirão dos Aflitos com um empate em 0X0, mas foi então que o árbitro da partida expulsou um jogador gremista e marcou o segundo pênalti para o Náutico na partida, o qual não existiu. Com a errônea marcação os tricolores partiram para cima do árbitro que expulsou outros três jogadores gremistas, mais uma expulsão para nós significaria o fim da partida.





Após 25 minutos de paralisação, com quatro homens a menos e dois pênaltis contra, um por ser cobrado, somente algo sobrenatural poderia salvar o Grêmio. Na cobrança brilhou a estrela do goleiro gremista Galatto que defendeu a cobrança com as pernas, alguns minutos depois aconteceu o que todos classificam como inacreditável, o jogador gremista Anderson recebeu a bola, avançou para o ataque, passou de dois marcadores e fez um dos gols mais impressionantes da história do Grêmio que ficou com o título da Série B e retornou de onde nunca deveria ter saído. A inacreditável façanha gremista, conhecida como “Batalha dos Aflitos” foi um dos maiores jogos da história do Grêmio.









O grande retorno e as campanhas de destaque





Em 2006 o Grêmio finalmente recuperava um pouco de seu prestígio no futebol. No Gauchão o épico resultado da conquista do título sobre o Internacional, que viria a se sagrar campeão da Libertadores e do Mundo no mesmo ano, foi comemorado como o ressurgimento da equipe rumo aos velhos tempos de copeiro.





No primeiro ano do retorno a elite do Brasileirão o Tricolor conseguiu um impressionante resultado com o terceiro lugar na classificação geral e a chance de voltar à competição mais amada pelos torcedores de alma castelhana, a Libertadores.





A Copa Libertadores de 2007 foi a consolidação de um certeza, o velho Grêmio estava de volta. Com uma campanha memorável os operários gremistas enfrentaram verdadeiras peleias diante de grandes equipes como o São Paulo, Santos, Defensor Sporting entre outros, passando com muita dificuldade e raça por adversários muito mais qualificados na competição. Nomes como Carlos Eduardo, Lúcio e Tcheco foram os destaques da superação gremista naquele ano. Na final contra a poderosíssima equipe do Boca Juniors de Riquelme o Grêmio não resistiu e acabou ficando com o vice da Copa.





Os resultados em 2006 e 2007 já davam conta de um novo momento na história do clube, sem perigos de rebaixamento ou de vexames. Apesar de mais tranquilidade não se esperava muito das equipes aparentemente fracas do Grêmio. Todavia em 2008 o Imortal surpreendia mais uma vez fazendo uma ótima campanha no primeiro turno do Brasileirão, acabando como líder. No segundo turno a equipe caiu de produção e os erros de arbitragem acabaram auxiliando a equipe do São Paulo que passou os tricolores gaúchos nas últimas rodadas da competição, ficando com a conquista.





Em 2009 o Grêmio venceu um dos Gre-Nais mais importantes da história o Gre-Nal Centenário, que foi realizado no dia 19 de julho de 2009, cem anos após a disputa do primeiro clássico. Grêmio 2X1.

Com um fraco desempenho no Brasileirão de 2009 e uma boa campanha na Libertadores, onde ficou com o terceiro lugar, o Grêmio deixou a desejar com uma das melhores equipes depois do centenário. Apesar do fraco desempenho o time não perdeu sequer uma vez em casa no campeonato, fato inédito no campeonato brasileiro de pontos corridos.









Em 2010 o Grêmio voltou a cair nas semifinais, agora da Copa do Brasil para o forte Santos de Ganso e Neimar. No Campeonato Brasileiro o risco de rebaixamento obrigou a direção a substituir o então técnico pelo ídolo do clube, Renato Portaluppi. Com a chegada do novo técnico a equipe saiu da zona de rebaixamento chegou à classificação da Copa Libertadores de 2011, ficando como líder do segundo turno da competição em uma das reações mais impressionantes dos pontos corridos.









O mais tradicional do Campeonato Brasileiro e a maior série invícta do Brasil





No ano de 2010 foi oficializada pela CBF a unificação da dos campeonatos nacionais de 1959 até 1970. Com a decisão o Grêmio tornou-se a equipe que mais vezes disputou a competição nacional juntamente com o Santos, 51 participações.





No dia 9 de abril de 2010 encerrou a maior invencibilidade de um clube brasileiro em casa, a do Grêmio. A série que iniciou em 13 de setembro de 2008 teve 51 jogos, 36 vitórias e 12 empates.









Grêmio Arena e os grandes projetos





Ainda na gestão de Paulo Odone Ribeiro foram iniciadas as primeiras idéias de substituição do estádio Olímpico Monumental por uma nova Arena com qualidade inédita na América do Sul. Após alguns anos de projeto a Arena que muitos diziam que não sairia do papel foi iniciada no segundo semestre de 2010 com previsão pra conclusão em 2012.





Além do novo estádio o Grêmio busca desde 2005 alcançar a marca de 100 mil sócios, no ano de 2011, após a nova posse de Odone, o Imortal pretende iniciar uma grande mobilização em busca do antigo objetivo, até o início do referido ano o clube contava com aproximadamente 60 mil torcedores, o segundo maior quadro social do país.





Em 2011 o Grêmio faz um grande investimento em busca do terceiro e mais importante objetivo do clube, reconquista da América e do Mundo com a contratação de novos jogadores e a manutenção de boa parte da equipe campeã do segundo turno do campeonato nacional de 2010.





Como primeira conquista o Imortal venceu o primeiro Gre-Nal em território internacional, jogo foi 2X1 para os gremistas na cidade de Rivera no Uruguai, válido pelo Campeonato Gaúcho.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

grêmio 5XO YPIRANGA TOTG

FOTOS DO JOGO GREMIO 5X0 IPIRANGA








gremio ta chegando TOTG

Domingão de passeio: Grêmio goleia e vai às semifinais do Gaúcho


Tricolor faz 5 a 0 sobre o Ypiranga, com destaque para o 'guerreiro imortal' André Lima, e agora pega o Cruzeiro-Poa, algoz do Inter

Por Alexandre Alliatti

Porto Alegre



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André Lima marca dois na goleada do Grêmio no

Olímpico (Foto: Ag. Estado)Tarde de domingo, sol firme no céu, vento agradável para amenizar a temperatura: belo dia para passear, como o Grêmio fez ao golear o Ypiranga por 5 a 0 no Olímpico e avançar às semifinais do primeiro turno do Campeonato Gaúcho. Fácil, fácil, sem estresse, com esforço controlado, o Tricolor passou por cima do adversário. Fez cinco e poderia ter feito outros tantos. A jornada quase recreativa da equipe de Renato Gaúcho teve André Lima como maior expoente.



Ele foi a campo com o número 99 em sua camisa. E disse que pretende transformar o símbolo em uma marca de seu apelido, “guerreiro imortal”. O jogador marcou os dois primeiros gols do Grêmio. Os demais foram anotados por Douglas, ainda no primeiro tempo, mais Borges e o garoto Leandro, de apenas 17 anos, já na etapa final.



O resultado classificou o Grêmio para duelar com o Cruzeiro-Poa, algoz do Inter, no próximo domingo, no Olímpico. Antes, o time gaúcho vai à Colômbia para duelar com o Junior de Barranquilla, na quinta-feira, pela Libertadores.





Um centroavante mais do que 9: André Lima é 99





Número 9 às costas. Um, não: dois. E gols. Um, não: dois. Um para cada 9 na camisa. André Lima, autodenominado o “guerreiro imortal” do Grêmio, resolveu estrear uma nova numeração contra Ypiranga. O 99 que carregou a campo no Olímpico foi pé-fervente para o centroavante. Ele não demorou a dar a certeza da vitória – e da classificação – ao Tricolor.



Não demorou mesmo. Com um minuto e meio de jogo, já se esticou dentro da área para desviar cruzamento de Douglas e colocar o Grêmio na frente. Mas André Lima quer ser guerreiro. E imortal. Guerrear e jamais morrer significa não se acomodar com um gol. Aos 25 minutos, ele recebeu passe de Gabriel dentro da área e mandou uma pancada em diagonal. A bola passou feito um míssil pelo goleiro do time de Erechim. O jogo estava 2 a 0.



Pobre Ypiranga: passou o tempo todo correndo para lugar nenhum em busca de um Grêmio inalcançável. Foi um totó, uma tunda, um laço. O Grêmio marcou o terceiro gol, com Douglas, em desvio de cabeça após assistência de Rochemback (incrível o que anda jogando Rochemback). E poderia ter feito sabe-se lá quantos mais.



O time de Renato Gaúcho trocou passes com a naturalidade com que um peixe nada. Distribuiu assistências como se fosse um ato tão natural como respirar. Foi superior em todos os aspectos que um time de futebol pode ser diante de um adversário muito, muito, muito inferior. Chute no travessão de Rochemback, duas conclusões desperdiçadas de Borges, cabeceio torto de Rodolfo, conclusão errada de Gilson. Só deu Grêmio.



O Ypiranga só foi arriscar lá no finalzinho do primeiro tempo. Giovani mandou chute de fora da área. Victor espiou a bola sair pela linha de fundo.



Borges e Leandro fecham a conta: 5 a 0



Não foi com o mesmo ritmo que o Grêmio voltou para o segundo tempo. Nem precisava. Com a vitória assegurada, o time do Olímpico mudou seu compasso e, mesmo assim, mexeu na rede do adversário. Borges, com seis minutos, aproveitou cruzamento de Lúcio e aumentou a conta: 4 a 0.



O Ypiranga, como consequência, cresceu um pouco na partida. Conseguiu atacar mais, rondou a área gremista e até fez um gol, anulado por impedimento. Mas o que chamou mesmo a atenção foram os minutos de angústia após um choque de cabeça do zagueiro Glauco. Ele foi ao chão, quase inconsciente, e levou jogadores do Grêmio a tirarem a camisa para abaná-lo. A ambulância localizada atrás de um dos gols foi chamada quase com desespero pelos atletas – e demorou a entrar no campo. O jogador, aparentemente em bom estado, foi encaminhado ao hospital. O Ypiranga não tinha médico no Olímpico.



O susto parece ter freado a equipe visitante, que voltou ao andamento do primeiro tempo, com futebol quase nulo. Como o Grêmio também já tinha gastado sua cota de ambição, a partida perdeu a graça. A morosidade do jogo só foi interrompida pelo chute no travessão do garoto Leandro, recém-resgatado por Renato Gaúcho, após cruzamento de Lúcio.



Se não entrou na primeira, entrou na segunda. Aos 47 minutos, Lúcio voltou a acionar Leandro, que desta vez acertou. O chute em diagonal passou pelo goleiro Bruno Grassi e explodiu na rede. Enquanto o menino de 17 anos se benzia em campo, a torcida gritava o nome dele.



Que tarde no Olímpico. Que passeio.





GRÊMIO 5 X 0 YPIRANGA Victor, Gabriel, Paulão, Rodolfo (Mário Fernandes) e Gilson; Rochemback (Leandro), Adilson, Douglas (Willian Magrão) e Lúcio; Borges e André Lima. Bruno Grassi; Thiago Gasparino (Gilvan), Glauco (João Lima) e Mateus e João Paulo; Pansera, Emerson, Saulo e Giovani; Cleiton e Elcimar (Sylvestre).

T: Renato Gaúcho T: Agenor Piccinin

Local: estádio Olímpico, em Porto Alegre (RS). Data: 20/02/2011. Árbitro: Vinícius Costa da Costa. Auxiliares: Antônio César Domingues Padilha e Rafael da Silva Alves.

Gols: André Lima, a um e aos 25, e Douglas, aos 32 minutos do primeiro tempo; Borges, aos seis, e Leandro, aos 47 minutos do segundo tempo.

Cartões amarelos: Pansera (Ypiranga).

Público: 11.790. Renda: R$ 220.160,00.